Cultura: Nemilson Vieira, a Literatura como Vocação
Por Eduardo Waack, do Jornal o Boêmio
Nosso entrevistado é um homem perseverante e objetivo, embora bondoso e humilde. Traz em seu coração os valores que aprendeu desde a tenra infância com os pais Natanael e Isabel Vieira de Morais.
Fale-nos um pouco sobre você.
Nemilson — “Há limites para o que sabemos sobre nós”, afirma o sociólogo Luis Mauro Sá Martino. Falar de nós mesmos sem parecer arrogante não é tão fácil assim; podemos pecar ao pontuar coisas além do necessário. Posso empolgar-me ao falar de mim, mas tentarei ser sucinto.
Como a literatura surgiu em sua vida?
Nemilson — Em criança e na vida adulta aprendemos pelo exemplo. Eu achava bonito o papai descer os óculos da testa aos olhos para fazer suas leituras em livros de bolso, jornais, revistas… Fui vendo aquilo e tomando o gosto também pela leitura; primeiro as histórias bíblicas, as revistas em quadrinhos…
Quais suas grandes influências e pessoas que admira?
Nemilson — Alguns dos meus escritores preferidos quando ainda adolescente foram José Lins do Rego, Castro Alves, Gonçalves Dias, J. G. de Araújo Jorge. Apesar de não ter lido meu tio escritor, o Dr. Ariel Vieira de Morais, o admirava bastante.
Fale-nos sobre seu livro de estreia, “Faço Parte Dessa História”.
Nemilson — A nossa estreia na literatura com “Faço Parte Dessa História” se deu num instante mais oportuno: no momento de Deus. Eu estava com quatro obras finalizadas e pensando em publicá-las em série, quando eu soube do sonho da mamãe em escrever um livro. Ela não revelava isso a nós, os filhos, até que a verdade veio à tona.
Como é a vida de um escritor popular e independente?
Nemilson — Ser um escritor independente nunca foi uma tarefa tão fácil. São muitos os desafios que ele enfrentará em sua trajetória.
Silmar (de saudosa memória), Nemilson, Celeste Farias e Rone Oliveira, no lançamento de livros de colegas acadêmicos, em 2015 (foto de Fabiana Salustiana)
Faça uma análise do atual momento histórico, cultural e social brasileiro.
Nemilson — Com essa riqueza do Brasil em seu contexto plural de culturas as relações interculturais sempre foram muito dinâmicas e nessa dinamicidade saímos fortalecidos como pessoas e nação.
Um momento que ficou na memória.
Nemilson — Com relação às ações culturais que tenho me envolvido nos últimos anos poderia citar vários momentos ou situações memoráveis, como a minha inserção, nos instantes da posse, nas casas de confrarias como acadêmico literário.
Como as pessoas podem contatá-lo e apoiar ou adquirir o seu trabalho?
Nemilson — Na minha página no Facebook, em meu e-mail (nem1000son@gmail.com) e pelos números telefônicos (31) 3447-9609, 98240-4530 e 98850-5932.
Quais seus planos para o futuro?
Nemilson — Como já senti o gostinho de entregar a primeira obra ao mundo, pretendo dar continuidade em minhas produções literárias e seguir editando uma série de outras obras já concluídas, que perfazem um montante de quatro obras, apesar dos desafios quanto a isso.