Presidente da ASSEGO rebate crítica sobre postura de policiais militares em blitz
O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (ASSEGO), subtenente Sérgio, manifestou-se publicamente, em Goiânia, a respeito de um artigo publicado por este portal.
No texto, abordamos de forma crítica a postura de alguns policiais militares que, durante abordagens e blitzes, estariam utilizando fuzis de maneira ostensiva e, em certos casos, sem justificativa aparente, apontando as armas diretamente para cidadãos comuns.
A repercussão da matéria foi ampla, alcançando diversas regiões do estado e chegando até o Comando-Geral da Polícia Militar de Goiás. Diante da repercussão, o subtenente Sérgio sentiu-se no dever de se posicionar publicamente sobre o caso.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente da ASSEGO respondeu com equilíbrio às críticas. Reafirmou o compromisso da corporação com os direitos constitucionais dos cidadãos e defendeu a atuação dos policiais dentro dos limites da legalidade, da técnica e da segurança operacional.
Reiteramos nosso respeito institucional à ASSEGO e ao subtenente Sérgio, cuja resposta consideramos legítima, democrática e necessária para a construção de um diálogo maduro sobre segurança pública.
Agradecemos a disposição do subtenente em contribuir para esse debate, fundamental em tempos em que a confiança entre sociedade e forças de segurança precisa ser constantemente fortalecida. Discutir os protocolos de atuação, especialmente no que diz respeito ao uso proporcional da força, é um caminho essencial para garantir o equilíbrio entre autoridade e cidadania.
Este blog tem acompanhado com atenção os dados da segurança pública em Goiás. Ao longo dos anos, publicamos diversas reportagens destacando a redução dos índices de criminalidade e elogiando a firme atuação da Polícia Militar, como pode ser conferido neste link.
Contudo, é importante esclarecer que nossa crítica não se dirige à instituição Polícia Militar ou ao seu trabalho no combate à criminalidade, mas sim a determinados protocolos operacionais que, à luz da razoabilidade e dos direitos humanos, merecem revisão.
O uso ostensivo de armamento pesado em abordagens a cidadãos comuns deve ser analisado com responsabilidade. Falo com propriedade: eu e minha família já estivemos na mira de um fuzil durante uma abordagem. Isso ultrapassa o limite do aceitável e precisa ser encarado pelas autoridades como uma situação que exige revisão de procedimentos.
Reforçamos: o cidadão de bem não pode ser tratado como bandido. É dever do Estado, por meio de seus agentes, proteger sem amedrontar, garantir a ordem sem intimidar. Segurança pública e respeito ao cidadão devem caminhar juntos.
O que escrevemos: É hora de falar sobre a atuação da Polícia Militar em Goiás e em Campos Belos (GO)