Papa Leão XIV destaca importância da ética na revolução digital e inspira debate global sobre inteligência artificial

Líder da Igreja Católica pede responsabilidade no uso da tecnologia e inspira debate global

O novo Papa Leão XIV, eleito em maio de 2025, iniciou seu pontificado com uma mensagem clara: a Igreja Católica não pretende se omitir diante dos desafios trazidos pela revolução digital e pela inteligência artificial (IA).

Inspirado por Leão XIII — que, no final do século XIX, abordou os impactos sociais da Revolução Industrial —, Leão XIV afirma que o mundo vive uma nova transformação que exige atenção, responsabilidade e compromisso com a dignidade humana.

Em seus primeiros discursos, o pontífice reforçou a necessidade de proteger os trabalhadores e as relações humanas da desumanização provocada por tecnologias mal utilizadas. Ele também defendeu a criação de mecanismos que garantam o uso ético da IA, para que o progresso não amplie desigualdades nem viole os direitos das pessoas.

“O Papa Leão XIV tem razão em colocar o tema no centro do debate. Se o maior líder da maior religião do mundo está interessado nos rumos da tecnologia, todas as pessoas comuns também devem estar”, destaca Daniel Monteiro, CTO da Digital College, instituição de ensino voltada à capacitação digital.

Para Daniel, a fala do Papa reflete um movimento global de conscientização sobre o uso responsável da tecnologia.

“A transformação digital já não é uma possibilidade futura — ela está acontecendo agora, em todas as áreas da sociedade. Discutir ética, regulação e impacto social das tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, é uma urgência do nosso tempo. Precisamos garantir que o desenvolvimento tecnológico caminhe junto com valores humanos”, completa.

A posição do novo pontífice se alinha a um cenário em que governos, empresas e instituições educacionais estão cada vez mais atentos aos desafios da digitalização.

A própria Digital College tem ampliado sua atuação em cursos voltados à formação ética e estratégica no uso da inteligência artificial, inclusive nas áreas da educação, saúde, comunicação, direito e gestão pública.

A Igreja Católica, que representa mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do mundo, entra assim de forma contundente no debate tecnológico. Leão XIV dá sequência ao trabalho iniciado por seu antecessor, Papa Francisco, que também se posicionou sobre os riscos da automação e da manipulação algorítmica na sociedade.

Ao trazer o debate para o centro da doutrina cristã, o novo Papa alerta: as escolhas tecnológicas não são apenas técnicas, mas morais. E a responsabilidade de construir um futuro digital mais justo é de todos.