Rio Palmas amanhece com a água branca, como leite
Há anos, temos denunciado aqui no blog as diversas e graves agressões ambientais na região de cerrado preservado ao sopé das Serras Gerais, na tríplice divisa entre Goiás, Bahia e Tocantins.
Do lado baiano, não existe mais cerrado preservado. Tudo foi tomado por plantações de monocultura de soja e milho.
Serra abaixo, em Goiás e Tocantins, ainda há um cerradão, berço de importantes nascentes de rios, como o Palmas e o Mosquito, ambos afluentes do Paranã e do Tocantins.
A destruição recorrente desse importante bioma na base das Serras Gerais traz consequências alarmantes para o equilíbrio ecológico e a qualidade de vida na região.
A degradação do solo, o aumento da erosão e a perda da biodiversidade afetam diretamente os recursos hídricos, ameaçando as nascentes e comprometendo o abastecimento de água para comunidades inteiras. Além disso, a diminuição da vegetação natural agrava as mudanças climáticas, intensificando períodos de seca e tornando as áreas vizinhas mais vulneráveis a desastres ambientais.
Qualquer desequilíbrio na cabeceira é prontamente denunciado pelos próprios rios Palmas e Mosquito.
Nesta semana, o Palmas novamente nos pede socorro. Amanheceu com suas águas brancas como leite.
O flagrante foi feito por uma moradora do Tocantins e enviado ao blog.
Não vou cansar de falar e de publicar sobre esse tema. Pessoas com o mínimo de consciência sabem que os seres humanos estão inseridos em um ambiente ecológico equilibrado e sensível.
As constantes agressões ao meio ambiente terão um único destino: dor e sofrimento em curtíssimo espaço de tempo. Todos nós devemos ser fiscais duros e implacáveis.
Que os órgãos ambientais sejam informados e se desloquem até a nascente do Palmas para averiguar as causas de mais esse desastre.