Deu na mídia: Prefeitos e empresários do Nordeste de Goiás temem isolamento com alteração de trecho da GO-118
O projeto que federaliza a GO-118 e a TO-050 inicialmente agradou os prefeitos dos municípios do Nordeste goiano, que visualizaram progresso para a região. No entanto, supostas alterações na proposta não foram bem recebidas na região. De acordo com um gestor, o trajeto não será o mesmo do atual, pois se planeja a abertura de um novo trecho, que isolaria vários municípios.
“O que nós não queremos é que ela [a rodovia] pare, porque ela chegará em Terezinha e vai virar à esquerda. Lá, vão construir um asfalto novo. E o que nós queremos é que a rodovia siga o trajeto normal da GO-118, que chega em Campos Belos e ‘entra’ para a TO-050 [rodovia no Tocantins]”, defendeu o prefeito de Campos Belos, Pablo Geovanni (PP), em entrevista ao Jornal Opção.
O gestor e os demais da região temem que com a transferência, que seria como um anel viário, afetaria toda a região, com prejuízos econômicos. “Porque se ela [a rodovia] fizer este corte, Monte Alegre, Campos Belos e Arraias ficarão fora do circuito, isolados”, enfatiza.
Pablo Geovanni pontua que a Comunidade Kalunga também será prejudicada. “A rodovia não vai passar por Cavalcante, que continuará isolado. O novo trajeto passará próximo da ponte do rio Paranã e seguirá em linha reta até Príncipe, no Tocantins”, explica.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pelas rodovias federais, e a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) foram procurados. A assessoria de imprensa da Goinfra apenas explicou que o processo de federalização da GO ainda “não foi finalizado”. O Dnit respondeu que teria que verificar com mais detalhes sobre o caso e que se posicionará quando tiver mais informações. O espaço segue aberto.
Impacto econômico
Um grupo formado por todos os prefeitos de municípios que a priori serão afetados realizaram junto com a população uma manifestação na GO-118, na quinta-feira, 8, e elaboraram abaixo-assinado. No documento, dentre as reivindicações, estão a federalização da via, mas com a manutenção do trecho original. Eles alegam que isso irá fortalecer o desenvolvimento econômico e social de mais de 100 mil famílias que moram em Conceição do Tocantins, Taipas, Arrais, Canabrava, Novo Alegre Combinado, Lavandeira e Aurora; todas no Sudeste do Tocantins; Campos Belos, Barreirão, Pouso Auto, Prata, Divinópolis, São Domingos e Monte Alegre, em Goiás.
Caso haja a mudança, o temor deles é com os impactos negativos para a economia, consequentemente, para o social e o meio ambiente. “Toda uma cadeia em desenvolvimento, do agro, do turismo, serviços, comércio e trabalho sofrerão com perdas incalculáveis”, prevê Geovanni.
Fonte: Jornal Opção, de Goiânia