Brasilzão: grileiros internacionais dão golpe em brasilienses na Chapada dos Veadeiros
As principais vítimas de golpes e vendas irregulares de terras na Chapada dos Veadeiros são moradores de Brasília.
Algumas instalações estão no caminho de Alto Paraíso para São Jorge, no pé do Morro da Baleia, um dos cenários mais contemplados da área. “É uma região de beleza cênica, que era para ser preservada.
Ela faz um apelo à população de Brasília: “Quando for comprar um lote, verifique se há licença ambiental.
Perto da capital
Em campo, as equipes verificaram que quase a totalidade de pessoas que compraram essas áreas são de Brasília.
Em relação a Goiânia, os municípios que integram o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), como Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Teresina de Goiás, Nova Roma e São João d’Aliança, ficam bem mais próximos de Brasília.
Processos
O superintendente de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da Semad, Robson Dizarz, que acompanha as equipes em campo, lembra que, mesmo os moradores de Brasília, sofrerão processos de regularização, adequação e correção das irregularidades.
Além da análise administrativa – com a lavratura de autos de infração e aplicação de multas que variam de acordo com o tipo de degradação ambiental –, os possíveis danos também serão alvo de ação criminal, com a instauração de inquérito policial, que posteriormente será remetido à Justiça.
Ele conta que a crescente busca pelas terras em um dos locais de maior preservação do Cerrado fez com que os valores cobrados fossem elevados.
Multas de quase R$ 2 milhões
As ações em Alto Paraíso seguem até a próxima sexta-feira (4/9). A operação, batizada Candombá, leva o nome de uma vegetação típica do Cerrado, também conhecida como Planta do Fogo, com forte ocorrência na região.
Até a última segunda-feira (31/8), a operação conjunta já havia resultado na aplicação de multas que somam R$ 1,9 milhão na região da Chapada dos Veadeiros.