Estupro e “SexTorsão”: Polícia Civil apreende celulares que estariam sendo utilizados para armazenar fotos íntimas de adolescente em Aurora do Tocantins (TO)
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A Delegacia de Aurora do Tocantins, sudeste do estado, cumpriu nesta quinta-feira (15), dois mandados de busca e apreensão em dois endereços de pessoas investigadas por estarem praticando o crime que passou a ser popularmente conhecido como “sextorsão” contra uma adolescente de 16 anos, na cidade.
Comandadas pelo delegado-chefe da 106ª DP, Lucas Rodrigues, e contando com apoio de policiais da 103ª DP de Taguatinga (TO), as buscas resultaram nas apreensões de três aparelhos celulares que estariam sendo utilizados para armazenar fotos íntimas da vítima.
Os dispositivos eletrônicos estavam em poder de dois homens que estão sendo investigados pela prática de crimes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Código Penal.
Os acusados estão sendo investigados pelo crime do ECA de “armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”, que possui pena de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa e por estupro, previsto no Código Penal : “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, cuja pena é de reclusão, de 6 a 10 anos.
Segundo apurado no Inquérito Policial, um dos investigados estaria exigindo que a vítima mantivesse relações sexuais com ele sob pena de serem divulgadas suas fotos íntimas.
O delegado disse também que o fato ocorreu em 10 de outubro de 2020 e logo após o registro da ocorrência a Polícia Civil instaurou inquérito policial visando apurar a autoria dos fatos.
Desde então, foram ouvidas testemunhas, oficiado às empresas de telefonia para a descoberta dos proprietários das linhas telefônicas e adotadas as demais medidas investigativas que fundamentaram o pedido de busca e apreensão.
“A vítima registrou Boletim de Ocorrência porque se sentiu ameaçada e com muito medo. Um dos investigados mandava mensagens dizendo que estava na porta da casa da vítima esperando por ela.
Em outra mensagem ele fala que estava observando a vítima durante uma festividade e chega a descrever a roupa que ela estava usando no momento”, disse o delegado Lucas.
As investigações continuam e agora os aparelhos celulares serão periciados a fim de verificar se de fato, as fotos utilizadas estão armazenadas no celular.