Família de Campos Belos (GO); grávida e bebê morrem em hospital do DF e família alega negligência
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura a morte de uma grávida e um bebê no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), caso em que os familiares alegam que houve negligência.
Mariana Vieira Cardoso, 37 anos, deu entrada na unidade de saúde na sexta-feira (21/10), com 41 semanas de gestação, mas morreu um dia depois, após início do trabalho de parto.
A família do bebê é de Campos Belos (GO), nordeste do estado.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) alega que “toda a assistência foi prestada à paciente”.
A bolsa rompeu na madrugada entre sexta-feira (21/10) e sábado (22/10), por volta da meia-noite, segundo testemunhas do ocorrido. Em seguida, a mulher teve um sangramento.
“O médico só chegou para atendê-la às 6h”, relata Jennifer Aneklécia, cunhada de Mariana.
A grávida foi levada para o centro cirúrgico e começou o procedimento da cesárea. Ao retirar o bebê, ele estava sem vida, segundo Jennifer.
Os médicos ainda tentaram reanimar a criança, mas sem sucesso. A mãe, que teve um vaso sanguíneo rompido, sofreu hemorragia e também morreu.
Essa era a quarta gestação da mulher, que já havia sofrido um aborto. Ela deixou filhos de 18 e 10 anos, além do marido, que registrou a ocorrência na 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul). A corporação solicitou perícia e remoção do cadáver para o IML, e agora apura os fatos.
O que diz a Secretaria de Saúde
Em nota, a Secretaria de Saúde do DF disse que a mulher foi atendida no pronto-socorro do HRSam na sexta-feira.
Grávida há nove meses, a paciente teria parâmetros adequados para ser submetida à indução do trabalho de parto, que é realizado segundo protocolos existentes no Brasil e no mundo.
“Com evolução satisfatória, iniciou-se sangramento genital, sendo indicada operação cesariana de emergência”, diz a pasta. No entanto, o bebê já teria nascido sem vida.
“A equipe tentou manobras de reanimação cardiorrespiratória por 40 minutos, sem sucesso. A mãe precisou passar por uma histerectomia (retirada do útero) com sinais de choque hemorrágico.
Toda a assistência foi prestada à paciente – tendo sido encaminhada para a UTI no próprio hospital”, relata a Secretaria de Saúde.
De acordo com a pasta, a mãe do bebê foi submetida a múltiplas transfusões de concentrados de hemácias, plasma, plaquetas e drogas que auxiliaram a manter a estabilidade hemodinâmica.
“Apesar de toda a assistência médica possível, a puérpera foi a óbito às 21h45 de sábado (22).
A Secretaria de Saúde solidariza-se a essa família, amigos e parentes”, conclui a nota.
Com texto do Metrópoles