200 homens, dois helicópteros, 18 viaturas e drones fazem caçada interminável ao serial killer de Brasília
Há cinco dias um assassino sanguinário anda à solta na zona rural do Distrito Federal e, agora, no município de Cocalzinho de Goiás, para onde ele fugiu, fazendo vítimas, ferindo e roubando pessoas de sítios e fazendas.
Ele dizimou uma família inteira na última quarta-feira (9), em um sítio de Ceilândia (DF), região conhecida como Incra.
Há cinco dias ele foge. Neste domingo, cerca de 200 homens das policiais civis e militares, de Goiás e do DF, da Polícia Rodoviária Federal, além de dois helicópteros, 18 viaturas e drones fazem buscar e cercos sistemáticos ao homem.
Mas o assassino, liso e ágil, têm conseguido fazer uma fuga interminável.
Ontem (12), o homem foi localizado em Cocalzinho (GO) e, durante a perseguição, trocou tiros com a polícia. Informações preliminares apontam que mais três pessoas ficaram feridas e um refém está sob poder do criminoso.
Lázaro é acusado de matar Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos.
O corpo dela foi encontrado neste sábado, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com diversos cortes nas nádegas, em uma zona de mata próxima à BR-070.
Informações preliminares apontam que o suspeito roubou armas em uma fazenda no período da tarde. Ele fugiu com as armas, uma beretta .22, outra arma calibre 380 e 50 munições.
Por volta das 8h deste domingo (13), três caseiros de uma chácara afirmaram aos policiais que se depararam com o criminoso.
Os caseiros estavam com facões e foices e foram fechar a porteira, quando se depararam com Lázaro, que fugiu.
Segundo os funcionários, o homem entrou em uma mata fechada próxima ao local. Forças de segurança montaram uma base no trevo de Cocalzinho.
Lázaro Barbosa ateou fogo em uma casa na noite deste sábado (12/6), em Cocalzinho. Antes disso, por volta das 19h de ontem, além de ter invadido uma chácara, quando baleou três homens.
Conforme noticiado pelo Correio Braziliense, Lázaro passou a tarde em uma chácara próximo à Lagoa Samuel, onde manteve um caseiro de refém.
Segundo a PMDF, o imóvel pertence a um soldado da corporação.
A reportagem encontrou a mãe do caseiro em frente ao Hospital Municipal Jair Paiva. “Amarrou meu filho, o obrigou a cozinhar e a fumar maconha”, contou a senhora, sem preferir revelar o nome.
Lázaro teria, ainda, ingerido bebida alcoólica, destruído o carro do rapaz e cortado os fios de wi-fi. Pouco depois disso, por volta de 19h, o suspeito invadiu outra residência, baleou três pessoas, roubou duas armas e munições.
Thiago conversou com o Correio enquanto estava saindo do hospital de Cocalzinho e contou que o rapaz chegou atirando. “Estava com meus dois amigos e ele entrou metendo bala. Os dois colegas estão em estado grave no Hospital de Anápolis e eu levei um tiro na perna”, disse.
Os crimes não pararam por aí. Às 23h30, enquanto a reportagem saía de Cocalzinho, policiais foram acionados para uma ocorrência de incêndio em uma residência na região. A vítima contou que Lázaro ateou fogo na casa.
Até agora, na noite deste domingo, o serial killer de Brasília ainda não tinha sido capturado, apesar do forte aparato policial.