Monte Alegre de Goiás: panela de pressão explode e fere servidoras em escola


Na última quarta-feira, 23, alunos e servidores da escola
municipal Jurivê de Souza Vila Real, em Monte Alegre, nordeste de Goiás,  tiveram um grande susto. 
Passava das 13h, quando duas merendeiras confeccionavam o lanche
dos 140 alunos que estudam na parte da tarde, e uma das panelas de
pressão, de uso industrial, estourou.
O acidente provocou pânico nas trabalhadoras, que, no desespero,
chegaram a acionar a polícia para acudi-las.
As duas ficaram feridas levemente, com queimaduras de 1º
grau. 
Mas o acidente, que poderia ter sido muito mais grave, não foi
mero acaso.
Há tempos que as merendeiras correm atrás dos gestores
municipais para que trocassem as panelas, já desgastadas e com sérios riscos de acidentes. 

“Desde o
prefeito anterior e há algum tempo pedimos panelas novas. 
Essa que explodiu era
de um outro colégio. Estava emprestada. E a tampa dessa panela que explodiu,
eles mandarão arrumar, tiraram a válvula de segurança e colocaram um outro
material de ferro no local. Ontem, creio, a válvula não funcionou e a panela
explodiu”, conta umas das servidoras.
Mas a situação de penúria e desatenção dos gestores públicos de
Monte Alegre de Goiás não para apenas na questão das panelas.
“Há algum tempo pedimos o auxílio de insalubridade pago a
merendeiras de outros municípios. Mas nos dizem que não temos direito aqui,
diversamente do que diz a lei”, reclama.
Uma outra questão de segurança abordada pelas servidoras é com
relação aos botijões de gás “Eles ficam ao lado do fogão ( ver fotos), com
grande risco de incêndio e explosão”.
E pior, se não bastasse tudo isso, a direção da escola resolveu “apertar”
as servidoras, porque, no pânico do acidente, resolveram chamar a polícia.
“A direção nos tratou muito mal. Sou merendeira, estou no último
ano do probatório. Aqui ou você anda do jeito que eles querem, de boca calada,
aceitando tudo que eles desejam, ou te perseguem em tudo que você tem direito”,
desabafou.
Não é difícil notar a situação muito delicada em que se
encontram as servidoras.

Pedimos que fiquem tranquilas. Vocês são concursadas e
não é por estarem cobrando seus direitos, por estarem  no estágio probatório, que serão demitidas. 

Estágio
probatório não é sinônimo de vassalagem. Muito pelo contrário. Servidores neste
período têm todos os direitos garantidos como os demais. 

É bom sempre lembrar
que não estamos mais em um regime de exceção.

A partir de agora, nosso Blog e todas as comunidades da
região de Goiás e Tocantins, que nos acompanham todos os dias, estaremos de olhos bem abertos
neste episódio e no caso de vocês. 


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