Secretário Estadual de Educação do Tocantins, Danilo de Melo Souza, quer fechar a Escola Agrícola de Arraias (TO). Por quê?
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Semana passada recebemos uma longa carta dos professores da Escola Agrícola de Arraias (TO), sudeste do estado, novamente trazendo a informação de que a Escola seria fechada.
Causou-me surpresa, porque desde que começamos esta guerra contra o seu fechamento, a principal vitória tinha sido o discurso do próprio governador Siqueira Campos de que não iria mais fechá-la. Veja…
Os professoras agora nos disseram que a pessoa mais interessada no encerramento das atividades da instituição é o Secretário de Educação do Tocantins, Danilo de Melo Souza, que, pelo jeito, está indo até mesmo contra a vontade do governador.
Algumas perguntas não querem calar e a sociedade exige as respostas urgentes.
Qual a real motivação do fechamento da escola?
Essa decisão do secretário não está indo contra a lógica, visto que hoje a realidade do nosso país exige mais cursos profissionalizantes?
O governo informa que vai doar o patrimônio à UFT para implantar um Centro de Ensino Profissionalizante no município, com estrutura adequada para atendimento de 1.500 alunos, fruto de investimentos da ordem de R$7,9 milhões dos Governos Federal e Estadual.
Pera aí! a vocação da UFT é para cursos profissionalizantes ou universitários? profissionalização é o negócio da UFT?
Por que não dar transparência ao processo e decidir em conjunto com a comunidade?
Por que, ao invés de fechá-la, não dá-lhe mais investimento e ampliação? Por que não incorporá-la à UFT como uma escola de Aplicação? não é o mais lógico?
Por que fechar uma escola tão importante para a região, com mais de 30 anos de serviços prestados, principalmente para as comunidades pobres e quilombolas?
O que há por trás do fechamento e doação de seu terreno e patrimônio à Universidade Federal do Tocantins?
Que forças estão por trás dessa decisão de gabinete, que não ouve sequer a opinião das comunidades envolvidas?
Será que alguém se lembra da história da Universidade (estadual) do Tocantins (Unitins), que era pública e, numa manobra obscura e diversa do interesse público, tornou-se privada e propriedade sabe-se lá de quem?
Leia essa história nebulosa da Unitins que muita gente se recusa a falar a respeito.
Por que tanta pressa?
Estamos com o Ministério Público!
A comunidade de Arraias tem que reagir a este tipo de manobra em que alguns ganham, menos a sociedade.