Necessidades especiais: Cartório Eleitoral não respeita a lei, diz leitora





Por Larissa Cardoso, 


Na tarde desta quinta-feira (14/01) dirigimo-nos ao cartório eleitoral desta cidade para realizar o cadastramento biométrico. 


Ao adentrar o local vimos logo em frente uma mesa com placa “senhas” anunciando também atendimento preferencial. 


No referido local os eleitores fazem uma espécie de “triagem”. 




Depois de nos sentar, minha mãe dirigiu-se à mesa para comunicar meu pai, por ser portador de necessidades, se enquadraria no atendimento preferencial. Para nossa surpresa, a resposta foi a seguinte “Atendemos por ordem de chegada. Aqui os direitos são iguais”. 


A resposta nos deixou primeiro chateados, depois desrespeitados. 


Um cartaz assegurando um direito, e a prática mostrando que no Brasil Direitos Humanos, infelizmente ainda é utopia. O atendimento preferencial seria apenas para a segunda parte do procedimento. 


Pouco depois, uma senhora também portadora de necessidades passou por lá e logo foi atendida. Por isso resolvi tirar a foto da placa e disse que enviaria ao blog este post. 


Não é só os 05 ou 10 minutos que ficamos sentados num ambiente bem refrigerado, com ar condicionado inclusive, é você assistir de camarote a humilhação à qual seu progenitor foi submetido.


Não podemos nos esquecer que a Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988 que diz em seu artigo 1º “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático e tem como fundamentos: III – a dignidade da pessoa humana”. 


E seu artigo 3º”Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.


São situações como esta, experimentadas a cada dia que ainda nos leva ao ermo, ao submundo onde ninguém merece estar. 


Infelizmente, no Brasil de nossos dias ainda há muita gente esquecida, vítimas da arrogância de que acha que nunca vivenciará o outro lado. Pode parecer muita confusão, por uma coisinha de nada. Mas e você? E se fosse seu pai?

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