Secretários de Divinópolis de Goiás são presos em operação do Ministério Público de Goiás



O Ministério Público de Goiás deflagrou nesta quarta-feira (21/9) operação em Divinópolis de Goiás, município no Nordeste goiano, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa formada por agentes públicos municipais. 


Na ação, que contou com o apoio das Polícias Militar e Civil, foram cumpridos oito mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão. Entre os presos estão três secretários municipais.


Investigações realizadas nos últimos seis meses pela Promotoria de Justiça de São Domingos, comarca da qual Divinópolis é distrito, revelaram a existência de um esquema criminoso instalado na prefeitura, voltado para a prática de crimes contra licitações, falsidade ideológica, corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos) e associação criminosa. 


A apuração contou com o apoio do Centro de Inteligência (CI) do MP, que auxiliou, inclusive, no cumprimento de dois mandados judiciais em Goiânia – um de prisão e um de busca e apreensão, ambos no mesmo endereço. Os demais mandados foram cumpridos em Divinópolis. As ordens foram expedidas pelo juiz Fernando Oliveira Samuel.


Foram presos na operação os secretários municipais de Saúde, Artênio Guimarães Ataídes, de Finanças, Valdiran Messias dos Santos, e de Administração, Ismar Batista dos Passos; o gestor de Controle Interno, Edmar Alves da Silva; o contador Homar Alves Amaral; e três integrantes da Comissão de Licitações: o presidente, Marcos Antônio dos Santos, Joana de Torres Quintanilha Santos e Renison Rodrigues Guimarães. 


O esquema criminoso envolvia fraudes em licitações da área de saúde, falsificação de documentos, emissão de notas fiscais sem serviço, fraudes em abastecimento de veículos, entre outras irregularidades.


Os presos e o material apreendido foram encaminhados para o Fórum de São Domingos, onde estão concentrados os trabalhos. 


O promotor de justiça Douglas Chegury esclarece que, com a prisão dos investigados, serão ouvidas novas testemunhas e reunidos outros elementos de prova para o oferecimento da denúncia criminal.


A operação recebeu o nome de Urano, em referência à ação deflagrada pelo exército russo contra as forças alemãs na II Guerra Mundial durante o inverno e que culminou na derrota nazista. 


A articulação dessa estratégia de guerra teve início em setembro. 


Texto e fonte: MPGO 

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