Perillo nega malandragem com dinheiro da Saneago e defende políticos presos pela PF



O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (26) que não está sendo acusado de nada e que não há “um centavo” que possa estabelecer “qualquer nexo” entre o Governo de Goiás, a campanha do PSDB e recursos da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago).


“Eu não estou sendo acusado de nada. Não tem nada chegando perto de mim. Não há uma vírgula, um centavo que possa estabelecer qualquer nexo entre o governo de Goiás, a campanha do PSDB e recursos do saneago. Zero. Não há nenhuma possibilidade disso. 


Nennuma possibilidade [de chegar em mim]”, afirmou o governador de Goiás, após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Brasília.


Na quarta-feira (24), a Polícia Federal realizou uma operação para desarticular uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 4,5 milhões em recursos federais por meio da Saneago. Segundo as investigações, as verbas eram destinadas ao pagamento de dívidas políticas. 


Entre os 14 presos estão o presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, e ex-secretário da Fazenda de Goiás e presidente afastado da Saneago, José Taveira Rocha.


Marconi Perillo afirmou ainda que, em sua visão, os diretores da Saneago não precisavam estar presos. “Bastava chamá-los para fazer o depoimento, para serem indagados em relação aos fatos. Não vejo nenhum fato que possa suscitar esse fato. [As prisões] foram desnecessárias”, acrescentou o governador de Goiás.


Na quarta-feira, a Polícia Federal informou que o dinheiro desviado da Saneago foi usado para pagar campanhas políticas, propinas a servidores do órgão e até uma Organização Social (OS) na área da saúde. Ainda de acordo com as investigações, a presidência e a direção da companhia sabiam de todo o crime.


“A direção da companhia sabia desses desvios e participava do esquema por meio de atos administrativos, como aprovação de pareceres técnicos, que possibilitavam os desvios de verba”, disse o chefe da CGU, Valmir Gomes Dias, em Goiânia, naquele momento.


Escutas telefônicas interceptadas com autorização da Justiça durante a Operação Decantação mostram que dívidas de campanhas eleitorais foram pagas com verba da Saneago. O governador Marconi Perillo é citado em alguns diálogos de José Taveira Rocha e de Afrêni Gonçalves.


O PSDB se pronunciou sobre as denúncias por meio de nota, enviada nesta tarde. “O PSDB vem informar que confia na idoneidade do presidente Afrêni Gonçalves e que tem contribuído com as investigações da Polícia Federal. 


Todas as doações de campanha do partido são legais e foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral, que aprovou a prestação de contas do partido. Aguardamos confiantes a fase de inquéritos e a apuração das investigações”, disse o comunicado.


Fonte: g1

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