Deputado de Goiás é alvo de busca e apreensão por suposto envolvimento na contratação de “fantasmas”
A casa do deputado estadual Daniel Messac (PTB) foi alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (8).
Também foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e um igual número ordens de busca e apreensão contra o ex-policial federal Anderson Luís Coelho, cuja perda do cargo foi decretada em abril de 2018; e em desfavor do pastor evangélico Vagno Sebastião Fernandes de Miranda.
A determinação liminar para a iniciativa foi publicada pelo desembargador João Waldeck Felix de Sousa, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), ou seja, no Segundo Grau da Justiça goiana, uma vez que, por ser parlamentar, Messac possui foro privilegiado.
O objetivo era o recolhimento de agendas, documentos, anotações e dispositivos eletrônicos que possam armazenar evidências de crime.
Em 2015, quando Daniel ainda era suplente parlamentar, cargo desprovido de foro privilegiado, Messac e outras 39 pessoas tiveram suas contas bloqueadas depois que a juíza Suelenita Soares Correia, então na 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, concedeu liminar para declarar a indisponibilidade de seus bens.
O Mais Goiás tentou contato com a defesa de Daniel Messac, mas, até o fechamento desta matéria, o advogado dele, Leandro Silva, não atendeu as ligações ou respondeu as mensagens da reportagem.
Entenda
A suposta trama ganhou contornos detalhados com a delação de um dos membros do grupo, Natã Michael Pereira Cruvinel, então servidor fantasma na Alego.
Naquele mês, de acordo com a sentença, Natã foi contatado, via telefone, pelo pastor Vagno, o qual desejava um encontro pessoal.
No local e data agendado, Vagno compareceu ao lado do então policial federal Anderson Coelho. Juntos, eles solicitaram que o estagiário e funcionário fantasma modificasse seus relatos. De acordo com Waldeck, Anderson foi o mais efusivo.