Polícia desarticula quadrilha que era comandada do presídio; ação envolveu Formosa e Campos Belos (GO)

Duas pessoas que cumprem pena na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia, comandavam uma quadrilha envolvida com o tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas de fogo.
O bando, composto por pelo menos 14 pessoas, agia em Goiânia, Formosa, no Entorno do Distrito Federal, e em Campos Belos de Goiás, na Região Noroeste do Estado.
O grupo foi desarticulado ontem com a deflagração da Operação Avalanche, coordenada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e realizada em parceria com as Polícias Civil e Militar e com a Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus).
A ação de quadrilhas comandadas de dentro da cadeia é algo recorrente, que evidencia a fragilidade na vigilância dos presídios goianos, em especial a POG.
As investigações que levaram à desestruturação da quadrilha ocorrida ontem tiveram início em dezembro.
Um dos promotores que participaram da Operação Avalanche, Thiago Galindo, informou que a ação envolveu diferentes grupos do MP-GO, entre os quais promotorias de Justiça de várias comarcas goianas, o Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Graeco).
Os promotores que atuaram no caso preferem não divulgar os nomes das pessoas detidas até que seja encaminhada a denúncia à Justiça.
As equipes de promotores e policiais constataram que os dois presos, de dentro da POG, encomendavam grande quantidade de droga, principalmente maconha e cocaína, a um ‘gerente’ residente em Goiânia.
Depois, a substância era levada por comparsas para Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
Parte da droga era distribuída em Formosa e o restante, levado para Campos Belos de Goiás, onde era comercializada para usuários.
Os presidiários também encomendaram a morte de uma pessoa. O fato foi descoberto durante as investigações e só não ocorreu devido à ação imediata por parte do MP-GO e das instituições parceiras.
Durante a Operação Avalanche, 17 pessoas foram presas temporariamente e 5 foram conduzidas coercitivamente às delegacias de polícia. Também foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão.
Entre o material apreendido na ação estão cerca de R$ 50 mil em espécie, em moedas diversas (real, ouro, dólar e peso); um cheque no valor de R$ 100 mil; cerca de 23 quilos de maconha e 8 pedras de crack; cadernos de anotações, documentos, celulares, chips; 1 balança de precisão e 3 veículos.”
As drogas foram apreendidas em poder de suspeitos presos em Formosa, Campos Belos e no presídio em Aparecida de Goiânia e resultaram em flagrantes específicos.
As pessoas presas durante a Operação Avalanche serão indiciadas por tráfico de drogas, formação de quadrilha ou bando, organização criminosa, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
Com texto de O Popular