Fraude em licitação: ex-deputado bolsonarista é preso por posse ilegal de arma

O ex-deputado distrital Carlos Tabanez foi preso nesta terça-feira (11/2) pela Polícia Federal (PF), em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo.

Ele estava em posse de dois revólveres calibre 38.O ex-parlamentar bolsonarista tem um arsenal avaliado em mais de R$ 100 mil, segundo depoimento à Justiça Eleitoral. Ele também é dono de um dos maiores clubes de tiro de Brasília. Tabanez foi alvo de mandado de busca e apreensão em operação da PF que investiga fraude em licitações e contratos públicos.

Carlos Tabanez está por trás da R7 Facilities, responsável pela gestão contratual da manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A empresa mantém vários contratos com o governo federal, para a prestação de serviços gerais.

O ex-deputado distrital é suspeito de ter agido em conjunto com outras empresas para fraudar licitações. Ele e o advogado da R7 Facilities, Alair Ferraz, são investigados na Operação Dissimulo, deflagrada na manhã desta terça-feira pela PF, em parceria com Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal.

Ao todo, os agentes cumprem 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal. A coluna apurou que oito empresas, incluindo a R7 Facilities, estão sendo investigadas.

Entenda a investigação que mira ex-deputado

As investigações da PF apontaram que o grupo utilizava “laranjas” como sócios das empresas para ocultar os verdadeiros proprietários. A operação teve início com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada no ano

O grupo investigado possui dezenas de contratos vigentes com a Administração Pública, incluindo um contrato com a própria PF, alvo desta investigação.

A PF informou em nota que as investigações tiveram início em abril de 2024 e “indicam que empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se associado para a prática de fraudes em licitações”. Os investigados teriam, segundo a corporação, “utilizado falsa declaração de dados perante a administração pública para obter benefícios fiscais, garantindo assim vantagem indevida frente a outros concorrentes”.

Fonte e texto: Metrópoles