Morre Maria Eunice Soares da Silva, a querida “Professora Nicinha”

Faleceu no dia 15 de setembro, em Goiânia (GO), a professora Maria Eunice Soares da Silva, conhecida carinhosamente em Campos Belos (GO) como “Nicinha Professora”.

Naquele domingo, Nicinha sentiu-se mal, queixando-se de dor no estômago, e foi levada a um hospital particular, onde permaneceu em observação durante o dia. Diversos exames foram realizados, sem que houvesse constatação de problemas significativos. No entanto, a dor persistia e, por volta das 17h, ela desmaiou, não recobrando a consciência.

Ela foi levada para a sala de reanimação, mas, cerca de meia hora depois, foi confirmada a sua morte, causada por um infarto de origem natural.

Nicinha não possuía histórico de doenças e cuidava regularmente de sua saúde, tendo inclusive realizado exames de rotina neste ano. Sua morte surpreendeu a todos.

Aos 65 anos, Nicinha era membro de uma família tradicional de Campos Belos, filha de Dona Maria Soares da Silva e de Pedro José da Silva, conhecido como Pedro Canuta. Ela deixa três filhos: Regiane, Viviane e Alessandro. “Uma mãe maravilhosa, que sempre fez tudo para o bem-estar dos filhos”, escreveu uma de suas filhas.

Nicinha foi servidora municipal em Campos Belos e atuou como professora por 30 anos, de 1981 a 2011. Após se aposentar, em 2012, mudou-se para Goiânia para ficar mais próxima dos filhos. Nos 12 anos de aposentadoria, dedicou-se a uma de suas maiores paixões: viajar. Conheceu muitos lugares e fez amizades que se tornaram inesquecíveis para todos que tiveram o privilégio de conviver com ela.

Com um caráter admirável, Nicinha era conhecida por sua humildade e seu jeito sempre afetuoso, com um sorriso que cativava a todos. Era muito querida em Campos Belos, onde fez amizades com facilidade e deixou um legado reconhecido por pais e alunos. Muitos dos seus alunos tiveram Nicinha como a primeira professora, marcando profundamente a vida de várias gerações.

Ela tinha como irmãos Maria Helena, Maria Messias, Maria Aparecida (todas servidoras municipais de Campos Belos), Sebastião (da Águia Automóveis), Pedrinho (da Pousada 10 de Ouro, já falecido), Maria de Lourdes (já falecida) e Dorivam.

Homenagens

Por Regiane Soares

“Só tenho a agradecer a Deus por ter tido a senhora como mãe durante 40 anos. Uma mãe que jamais mediu esforços para nos ver felizes, que sempre batalhou e se dedicou em tudo. Uma mãe exemplar, que todos queriam ter; uma esposa sempre fiel e respeitada; uma professora admirada por todos; e, acima de tudo, um ser humano incrível, que cativava a todos por onde passava.

Após sua aposentadoria, dedicou-se à igreja, onde era uma evangélica fervorosa, não faltando aos cultos. Outra paixão eram as viagens. Eu organizava para que ela conhecesse lugares novos e sempre dizia para aproveitar cada viagem, pois levamos conosco as memórias do que vivemos.

Escrever essa homenagem é muito difícil para mim, pois éramos grandes amigas e parceiras. Eu fiz tudo o que pude para vê-la feliz e saudável, e sempre serei grata por ela ter lutado pela minha vida quando eu mais precisei. Quando criança, fiquei gravemente doente, e ela, com sua fé inabalável, nunca desistiu de mim. Sempre tivemos uma ligação forte, e ela considerava meu esposo, Adailton, como um filho. Como ela gostava dele!

Dói muito e vai doer para sempre, mas tenho certeza de que ela está em paz, pois sempre pediu a Deus para partir com saúde, sem ser um fardo para ninguém. Até nisso, Deus foi fiel. Ela cumpriu sua missão com muita garra e dedicação até o último dia. Obrigada, Mamãe, por tudo.”

Por Fernando Cruz

“Eunice Soares, hoje escrevo com o coração cheio de sentimentos ao saber de sua partida. Tenho a honra de dizer que você foi minha primeira professora, em 1998, quando comecei o primário na Escola Jandira Aires. As primeiras experiências de nossas vidas sempre ficam eternizadas, e a senhora, carinhosamente chamada de ‘Tia Nicinha’, foi um marco na minha.

Lembro que a senhora morava atrás da escola e, durante o recreio, eu sempre pedia para pegar carambola do seu quintal. Com seu jeito carinhoso, sempre permitia. Sou grato por tudo o que conquistei na vida e por ter tido você como a primeira pessoa a me ensinar, aquela que me guiou, que passava as tarefas de casa e que, com um sorriso no rosto, dava ‘bom dia’ todos os dias. Meu sentimento é de gratidão.”

Descanse em paz, Nicinha. Lembraremos sempre de sua alegria contagiante, da amizade sincera e do zelo como mãe que sempre demonstrou.