Tapa na cara: Lavandeira (TO), Paranã (TO), Monte Alegre (GO) e Cavalcante (GO) têm piores índices de alfabetização da região
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (17) novos dados do Censo Demográfico 2022, destacando a questão da alfabetização da população.
Para ser considerada alfabetizada, segundo o IBGE, a pessoa deve sabe ler e escrever pelo menos um bilhete simples ou uma lista de compras, no idioma que conhece, independentemente de estar ou não frequentando escola ou de ter concluído períodos letivos.
Também foi considerado pelos recenseadores quando os indivíduos tinham essa habilidade, mas se tornaram fisicamente ou mentalmente incapacitados para a leitura ou escrita, e para a pessoa com problemas visuais que utiliza o Sistema Braille.
É resultado é um tapa na cara na nossa região, uma das mais pobres do país e com maior índice de analfabetismo.
A situação é ruim no Nordeste de Goiás e no Sudeste do Tocantins.
De acordo com os dados divulgados pelo instituto, Mimoso de Goiás (GO), com 16,85% de analfabetismo, tem um dos piores números de Goiás ; seguido de Monte Alegre de Goiás (GO), com 16,33% e Cavalcante (GO), com 15,76%.
Na região, os melhores índices são de Formosa 5,71%; Alto Paraiso 5,95%; Posse 7,12%, São João da Aliança 7,22%; e Campos Belos 10,6%.
As capitais vão muito bem, obrigado: Goiânia 2,49 % e Brasília 2,77%.
Pelo lado do Tocantins, a situação é muito mais crítica.
De acordo com os dados divulgados pelo instituto, Lavandeira (TO), sudeste do estado, tem um dos piores números do estado, com 19,11% de analfabetismo.
O município vem seguido de perto por Paranã (TO) 17,86%; Novo Jardim 17,50%; Novo Alegre 12,38%; Taguatinga 12,17%; e Dianópolis 10,17%.
A capital Palmas tem índice de 3,11%.
Brasil
No âmbito nacional, os municípios das regiões Sul e Sudeste se destacam com as maiores taxas de alfabetização do país, com destaque para o Rio Grande do Sul, que possui cinco cidades em uma lista com as 11 maiores taxas.
No entanto, é a catarinense São João do Oeste, a 688 km de Florianópolis, que lidera o ranking, com 99,1% de seus habitantes alfabetizados.
Dessa lista, outros três municípios são catarinenses, incluindo a capital, e dois paulistas: São Caetano do Sul e Águas de São Pedro.
Do lado oposto dos 5.570 municípios brasileiros, os nordestinos são os menos alfabetizados. Das 11 cidades com piores taxas, seis ficam no estado do Piauí, dois em Alagoas e dois na Paraíba.
Entretanto, no topo da lista está um município da região Norte, Alto Alegre, de Roraima. Lá, apenas 63,19% de sua população possui os critérios determinados pelo IBGE.
FLORIANÓPOLIS É A DESTAQUE ENTRE AS CAPITAIS
Segundo o Censo 2022, as três capitais da região Sul lideram como as mais alfabetizadas do país. Florianópolis vem à frente com 98,64% de sua população, seguida por Curitiba (PR), com 98,47%, e Porto Alegre (RS), com 98,25%.
Na sequência vêm três estados da região Sudeste, que só não dominou porque Goiânia (GO) pulou à frente de São Paulo, com 97,51% contra 97,42%.
No fim da lista, Maceió (AL) possui apenas 91,58% de seus habitantes alfabetizados.