Formosa (GO) lidera ranking de melhor evolução na educação pós-pandemia

O município de Formosa no Entorno do Distrito Federal, tem muito o que celebrar após ser apontada a cidade que mais teve aumento no rendimento segundo a apuração da equipe de reportagem sobre o contínuo cenário do pós-pandemia de Covid-19 no ano de 2020 na área da educação escolar.

De acordo com a Secretaria de Educação de Goiás (Seduc), o município de Formosa avançou em até 40 pontos de domínio nas matérias como matemática, quatro vezes acima da média do estado de 10 pontos. Além disso, ficou cinco anos seguidos entre as cinco melhores regionais do estado desde 2018.

Sobre isso, Patrícia Coutinho, diretora de Política Educacional da Secretaria de Educação de Goiás (Seduc) disse que este cenário de melhora na educação é visto a nível estadual. De acordo com ela, as ações ao longo dos dois últimos anos de aprimoramento das unidades escolares e retenção dos alunos da rede pública foram de importância para o aumento registrado no Índice de Desenvolvimento da Educação de Goiás (Idego) em 2023, criado em junção com o Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (Saego).

“Não é fácil aumentar esses indicadores a nível estadual porque são milhares de alunos de diferentes escolas e regiões, mas sempre prezamos o avanço em equidade. Por exemplo, reformamos e inauguramos várias escolas públicas da rede estadual com internet patrocinada com videoaulas e chromebooks para aumentar o acesso à educação”, disse a especialista.

Dentro disso, Patrícia contou que um constante objetivo da pasta é a diminuição da evasão escolar que ainda se encontra em alta a nível federal. De acordo com o Censo Escolar de 2023 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de dados relativos ao ano de 2021, um em cada dez alunos entre 14 e 18 anos ainda não tinham completado o ensino médio, por motivos de abandono (evasão) ou repetência. 

Em outro dado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em 2022 com entrevista de 2 mil pessoas ao redor da nação, apenas 15% dos brasileiros acima de 16 anos contam que estão matriculados em uma rede de ensino. Contudo, o abandono do ensino em Goiás reduziu, de acordo com a Seduc, de 2018 a 2021 houve uma redução na evasão de até 54%. 

Com isso, Patrícia falou que ao longo dos dois últimos anos uma ação de busca e acolhimento conseguiu não só diminuir a evasão escolar na rede estadual, mas como retornou ex-alunos que tinham abandonado seus estudos para as escolas. “Trabalhamos com muitas políticas de recolhimento dos ex-alunos, desde a entrega gratuita de materiais escolares, mas também providenciamos uma bolsa de R$ 110 a certos alunos caso tenham permanecido na escola”.

Com essas medidas, a pasta observou ainda em dezembro de 2023 um retorno e uma superação nos índices do Idego para o padrão educacional nos anos de 2018 e 2019, pré-pandemia de Covid-19. Além disso, contou que este grau observado superou em até dez pontos a mais. De acordo com ela, o índice é calculado em cima de fatores como proficiências e domínio dos alunos nas matérias, a permanência dos alunos nas escolas e a quantidade de alunos matriculados. “Esses números conseguem nos orientar o que cada escola precisa e como podemos levar a educação para essas pessoas que precisam”.

Como divulgou o jornal O Hoje nesta terça-feira (27), o rendimento da educação goiana voltou a subir para quase dez vezes desde o fim das paralisações e distanciamento social por conta da Covid entre os anos de 2020 a 2022, também chamadas de lockdown. Como medida para compensar a perda do ensinamento, a Seduc-Go criou uma prova de diagnóstico em 2023 com adesão de 90% dos alunos, que também será feita nesta quarta-feira (28).

Segundo Márcia Carvalho, superintendente da Gestão Estratégica e Avaliação de Resultados da Seduc-Go, a equipe de reportagem, o exame foi feito como medida de diagnóstico do nível de domínio do conhecimento dos alunos. Em outras palavras, a equipe  quis medir o que cada estudante da rede estadual não dominava, mas que já haviam sido ensinados em sala de aula para a criação de materiais escolares a fim de recapitular este conhecimento perdido.

Fonte e texto: Jornal O Hoje