Câmpus da UFT em Arraias sediará evento do projeto “Olhares Quilombolas” para discutir a mineração em territórios quilombolas

Na próxima quarta-feira, 16 de agosto, os integrantes do projeto Olhares Quilombolas vão realizar o evento “Somando forças contra a ameaça de mineração no território quilombola Kalunga do Mimoso”, que tem como principal objetivo, discutir a presença de mineradoras em territórios quilombos do Tocantins.

O encontro, que é organizado pelos jovens  da Associação da Comunidade Remanescentes do Quilombo Kalunga do Mimoso do Tocantins (ATKM), em parceria com a UFT  e a Coalizão Vozes do Tocantins, será realizado no Campus da UFT em Arraias, das 14h às 21h. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na Plataforma de Eventos da UFT.

A programação do evento  será composta  por uma  oficina sobre as formas de proteção dos territórios tradicionais e do cerrado, voltada para a população quilombola.

Além disso,  o evento contará também com uma apresentação sobre a atual situação do território quilombola Kalunga do Mimoso em relação à mineração e um diálogo com as instituições presentes acerca do que será apresentado.

O evento será encerrado com uma roda de conversa, aberta a toda comunidade acadêmica e externa, que propõe uma reflexão sobre a mineração em territórios quilombolas.

Entre os convidados para debater o tema estão o defensor público  Arthur Marques,  e os professores do curso de Direito do Câmpus de Arraias Pedro Cuco e Vanessa  Lopes.

O estudante de Pedagogia da UFT, Olavo Lisboa, que é um dos membros do projeto Olhares Quilombolas, convida todos toda comunidade acadêmica e externa a participar da roda de conversa e destaca a importância de debater o tema.

“Os territórios quilombolas, que são os territórios tradicionais e que, tradicionalmente, são os que mais preservam o meio ambiente, assim como os outros territórios tradicionais, são muito importantes.

Então quando uma mineradora entra nesses territórios, com a forma de trabalho utilizada hoje, ela vai prejudicar  os rios e a mata, o que já acaba prejudicando todo um ecossistema.

Logo, é muito importante que a gente discuta isso e veja como a gente pode atuar para defender o meio ambiente, defender esses territórios que são muito caros para a gente, bem como  para o meio ambiente  e para toda a sociedade, principalmente aqui em Arraias. 

Confira a programação

16 de agosto 

14 às 15hOficina de proteção aos territórios tradicionais e ao cerrado
15h às16hDivisão dos grupos de trabalho para apresentar a atual situação do território Kalunga
16h às 16h15Intervalo
16h15 às 17hDiálogo das instituições a partir do cenário apresentado
19h às 21hRoda de conversa Olhares quilombolas: somando forças contra a ameaça de  mineração no território quilombola Kalunga do Mimoso