Em Goiás, Chapadão do Céu (GO) lidera ranking de cidades goianas com melhor índice de desenvolvimento sustentável; Monte Alegre é o último no ranking
Chapadão do Céu, que fica no sudoeste goiano – divisa com Mato Grosso do Sul – é a cidade em Goiás com o melhor IDSC – Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades.
É o que mostra o levantamento atualizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis em dezembro de 2022.
Já Monte Alegre de Goiás (GO), região nordeste do estado, na região da Chapada dos Veadeiros e território quilombola dos Kalungas, está na rabeira entre todos os municípios do estado.
Na esteira da agenda 2030 da ONU, que reúne os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS -, o município de quase 11 mil habitantes, reconhecido pela grande produção de grãos, como soja e milho, e o alto padrão de vida de seus moradores, apresenta índices que o deixam 59,52 pontos, em 100 possíveis, de acordo com a metodologia aplicada no estudo, que passa por análise de dados de plataformas oficiais do Governo Federal.
Entre os 17 ODS, o que mais se destaca em Chapadão do Céu é o número 12: consumo e produção responsável.
São 99,98 pontos, baseados em três indicadores: produção de resíduos domiciliares per capita; recuperação de resíduos sólidos urbanos coletados seletivamente; população atendida com coleta seletiva. Outro ODS que chama atenção é o número 7 – utilização de energia limpa e acessível, que alcançou 89,46 pontos.
Em contrapartida, o ODS 17: parceria e meios de implementação, que contempla o fortalecimento de ações em parceria com outros órgãos para o desenvolvimento sustentável do município, somou apenas 15,6 pontos.
Goiânia
Em segundo lugar no ranking IDSC, Goiânia tem 58,32 pontos.
O ODS 6 – água limpa e saneamento – está em primeiro lugar com 86,9 pontos. Indicadores como, o baixo número de doenças relacionadas ao consumo da água, população atendida pelo tratamento de esgoto e perda da água, são levados em consideração.
Já no ODS 2 – fome zero e agricultura sustentável – a capital fica devendo, com números tímidos de estabelecimentos que praticam agricultura orgânica e de produtores da agricultura familiar com o auxílio do PRONAF.
Neste quesito, o número de crianças que nascem com desnutrição infantil também deixa um alerta.
Ainda no ranking do IDSC, o município de São João da Paraúna está em terceiro com 57,89 pontos.
O pior índice, como dito, entre todas as cidades goiana, está Monte alegre de Goiás, com apenas 38,30 pontos.
Cidades parceiras
Das 280 cidades brasileiras afiliadas ao Instituto Cidades Sustentáveis que contribui com pesquisa sobre os desafios para alcançar a agenda 2030 da ONU, apenas três são goianas: Campos Verdes, Lagoa Santa e Rio Verde utilizam o levantamento para definir políticas públicas que interfiram no dia a dia da cidade.
Segundo Beto Gomes, diretor de conteúdo do ICS, as prefeituras assinaram uma carta-compromisso para o cumprimento das metas.
“Os prefeitos têm uma série de compromissos. Um deles é fazer um plano de metas, que é olhar para os quatro anos de gestão e relacionar quais são as prioridades para o município.
O que a gente recomenda é que esse plano de metas seja feito no primeiro ano de mandato. A princípio, cada prefeitura tem uma prazo de 120 dias pra elaborar seu plano e depois acontece um processo de validação”.
O (IDSC – BR) Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, produzido pelo Instituto Cidades Sustentáveis, conta com a parceria do Sustainable Development Solutions Network – Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável -, e tem o apoio do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e financiamento do Projeto CITinova.
Fonte: Sagres