Diretora de escola onde crianças marchavam com réplicas de armas é exonerada, em Padre Bernardo (GO)
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A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) exonerou a diretora do Colégio Estadual Santa Bárbara, após a polêmica envolvendo crianças filmadas marchando e empunhando réplicas de armas, em Padre Bernardo (GO), região do Entorno do Distrito Federal.
De acordo com a Seduc, a mulher deixou a função de diretora da unidade, na sexta-feira passada (2), e voltou ao cargo de professora.
Ela será remanejada dentro da rede estadual de ensino.
A medida ocorre após críticas de que as aulas estavam incentivando a violência.
Vídeo que circulava nas redes sociais, mostra seis crianças marchando com o simulacro de arma sob a orientação de um instrutor de 65 anos, que seria sargento aposentado da Aeronáutica.
Ele se defende afirmando que o equipamento tem conotação apenas cerimonial e pode estimular os jovens a atuarem nas Forças Armadas ou polícia.
Por meio de nota, a Seduc informou que não autorizou o projeto nas dependências da unidade de ensino pública, que abriu um processo administrativo disciplinar (PAD) e incentiva ações de promoção da paz.
Confira a nota da Seduc na íntegra:
Em atenção à solicitação de informações acerca de vídeo envolvendo estudantes do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Santa Bárbara, de Padre Bernardo, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) esclarece que:
– A gestora escolar já foi exonerada do cargo e está sendo instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para analisar todas as circunstâncias envolvendo o fato, além de apurar a responsabilidade de todos os envolvidos na questão, incluindo quem idealizou o projeto e quem se omitiu em relação às atividades filmadas;
– Desde o ocorrido, a Secretaria de Educação do Estado de Goiás tem enviado equipes à unidade escolar para reuniões pedagógicas e alinhamento de ações, no sentido de reforçar o cuidado com a execução de projetos que promovam a cultura da paz, o respeito e colaborem para a integridade física e moral de toda a comunidade escolar;
– A Seduc esclarece ainda que o projeto em questão estava sendo realizado sem o conhecimento da Secretaria de Educação do Estado. Ressaltamos ainda que todo e qualquer projeto a ser executado nas unidades escolares da rede estadual de ensino deve ser precedido de protocolo com análise técnica da Seduc Goiás e posterior autorização, o que, neste caso, não houve.