Dois meses após desastre, comunidades ribeirinhas do Rio Bartolomeu, divisa entre TO e BA, estão com água turva e envenenada
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Em fevereiro deste ano este Blog publicou notícia de um grave desastre ambiental nas Serras Gerais, com uma avalanche de lama das lavouras de monocultura do Oeste da Bahia para o cerrado intacto – serra abaixo – no leste do Tocantins e nordeste de Goiás.
O lamaçal, incrustado com toneladas de agrotóxicos, além de destruir tudo por onde passou, invadiu uma grande bacia de produção de água doce, do rio Mosquito e do rio Bartolomeu.
Sabe o que ocorreu de lá para cá? Nada!
Nenhuma providência foi tomada. Nem pelo IBAMA ou por pelos órgãos ambientais dos três estados. E tampouco pelos Ministérios Públicos do Tocantins, da Bahia ou de Goiás.
Como sempre, quando o Estado falha, quando ele é leniente e irresponsável, quem paga a conta é o pobre cidadão, o leso contribuinte.
E quanto mais vulnerável o cidadão ou a comunidade, maiores são os danos sociais, econômicos e sanitários.
Nesta segunda-feira (11), moradores rurais e ribeirinhas da bacia do Rio Bartolomeu enviaram ao Blog a gravíssima situação sanitária das comunidades, no município de Lavandeira (TO).
A imensa maioria dos cursos d´água da região, incluindo aí o Rio Bartolomeu, estão com a água extremamente turva, quase cor de ocre-sangue, o que inviabiliza totalmente o consumo humano e animal.
O produto, além de está muito barrento, pode carregar altas e fatais doses de defensivos agrícolas.
Para piorar, segundo os moradores, a prefeitura de Lavandeira (TO) foi ao local com carros-pipa apenas no início da tragédia para levar pouquíssimos litros de água potável.
“Hoje a comunidade está jogada à própria sorte”, diz.
É mais que urgente que o Poder Público do Tocantins, em especial, os órgãos de fiscalização ambiental e sanitário e, ainda, o MPTO e a sociedade civil ajam para barrar tão grande drama ecológico.
Relembre o caso
Urgente: novo desastre ambiental despeja toneladas de agrotóxico no rio mosquito e Palmas