MP apura suposto abuso de autoridade de delegado que prendeu médico em Cavalcante (GO)
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O Ministério Público de Goiás (MP-GO) confirmou que abriu um procedimento para investigar a suposta prática de abuso de autoridade por parte de um delegado da Polícia Civil que prendeu um médico de Cavalcante, no final de janeiro deste ano.
O profissional de saúde alega que foi detido após negar atendimento prioritário ao delegado.
O caso aconteceu no dia 27 de janeiro. O médico Fábio França foi preso por ordem do delegado Alex Rodrigues da Silva. Segundo informações de testemunhas, a prisão teria ocorrido após o delegado, que estava com Covid-19, pedir para ser atendido com prioridade e o médico negar.
França foi liberado no dia seguinte, após passar por audiência de custódia. “Se isso é o preço para eu cumprir, então que me prenda novamente. Toda vez que acontecer isso, toda vez vou fazer a mesma coisa. Não me arrependo de nada”, declarou o médico, no dia em que foi solto.
Conforme o MP-GO, o procedimento instaurado visa apurar eventual abuso de autoridade por parte do delegado.
“Também manifestou-se favoravelmente, perante o Poder Judiciário, para a restituição do celular do médico, objeto que foi apreendido durante a prisão em flagrante. A devolução do celular aconteceu na terça-feira (1º/2)”, informou o órgão.
“Atuação irregular”
Procurada sobre o procedimento do MP-GO, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) não quis se manifestar.
No entanto, em nota divulgada anteriormente, o órgão declarou que a prisão do médico Fábio França aconteceu após a constatação de que o profissional exercia a profissão irregularmente – tese que já foi afastada pela Prefeitura de Cavalcante, que informou que o médico possuía permissão para atuar.
A Corregedoria da PCGO acompanha o caso.
Com texto do O Popular
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