Diretor-Geral da Polícia Civil de Goiás diz que Campos Belos (GO) não será prejudicado com mudanças de plantões
Diretor-Geral da Polícia Civil de Goiás diz que Campos Belos (GO) não será prejudicado com mudanças de plantões. Pelo contrário, investigações ganharão reforço
O delegado geral da Polícia Civil do estado de Goiás, Alexandre Pinto Lourenço, afirmou nesta sexta-feira (27), em conversa com o Blog, que as mudanças estruturais que estão sendo implantadas no nordeste de Goiás e nas outras regionais, em nada vai prejudicar a comunidade de Campos Belos (GO).
Segundo ele, as mudanças estão sendo feitas nos serviços de escala de plantão, que ao longo do tempo ficou muito inchada e tirou agentes do expediente normal das delegacias e das investigações de crimes, que são essenciais para o trabalho da Polícia.
“Em momento algum a comunidade de Campos Belos vai ficar desassistida. O nordeste de Goiás é nossa prioridade. Haverá sempre agentes na delegacia para atender às ocorrências. A mudança é pontual na escala de plantões”, disse.
O delegado afirmou também que a restruturação não foi feita de modo açodado, mas embasada em estudos, dados estatísticos e em manchas criminais por cidades, por exemplo. E mais, que diversas cidades da região, como Cavalcante, Teresina, São Domingos, e Monte Alegre não possuem agentes da polícia e vão passar a ter. Muitas delas às vezes estão fechadas por falta de servidor, o que distancia o serviço de segurança pública do cidadão.
Ainda de acordo com o diretor-geral da PC, há em Goiás um déficit enorme de policiais civis, que beira os 50%. Faltam servidores e por isso foi necessária a ação de remanejamento de plantões e de um rearranjo para que se desse agilidade às investigações.
“ Queremos policiais em todas essas delegacias. Cavalcante hoje só tem o delegado e não pode contar com agentes para os serviços de investigações. Outras cidades do nordeste de Goiás, integrantes da Delegacia Regional de Posse, estão com o mesmo problema. Muitos policiais de plantão e poucos para cumprir o expediente”.
Alexandre Pinto Lourenço disse que hoje, em grande parte das delegacias da região, há um enorme passivo, de casos e inquéritos parados por falta de investigadores. Do jeito que estava, havia muita “mão de obra”, muita atenção aos plantões, em prejuízo das investigações e das atividades rotineiras.
“Nossos dados estatísticos informam que o histórico de ocorrências na região tem baixo vulto, se comparados a outras regiões, com poucos registros criminais nos plantões, que volto a dizer estavam muito inchados”.
Ele explicou que havia plantonistas trabalhando 7 dias direto, sem interrupção, para poder conseguir uma folga maior. “Isso não estava dentro da legalidade. E todos queria ir para os plantões. Pior, qual ser humano aguenta trabalhar tanto tempo sem folga? Tivemos que mudar. E podem ter certeza de que a cidade Campos Belos são será prejudicada, em momento algum”.
O delegado disse também que todo o processo de mudança foi acompanhado por sindicatos das categorias e por órgãos de classe, que apoiam as mudanças.
“Conheço toda a região e todas as delegacias. E as percorri por vias rodoviárias. Conheço suas distâncias e seus problemas. E toda a nossa reestruturação está levando em conta essas peculiaridades regionais”, pontuou.
Alexandre Pinto Lourenço diz que a prova de sua atenção com a delegacia de Campos Belos, que conta também com o IML adjunto, é que implantou e contratou recentemente, devido a uma gestão com Secretaria de Segurança Pública do Estado, uma empresa terceirizada que, dentro de 45 dias, prestará o serviço de manutenção e limpeza do local, uma demanda há muito tempo necessária.
Sobre possíveis distâncias que policiais militares, ocasionalmente, precisarão percorrer para o registro de flagrantes, disse que Polícia Civil conta com o apoio irrestrito da Polícia Militar de Goiás, que inclusive expediu nota recentemente em apoio às mudanças estruturais ora postas em ação.