De Monte Alegre (GO): estudante de medicina perde pai para o câncer e pede ajuda para terminar o curso

“Oi pessoal, tudo bem??

Gostaria que tirassem alguns minutinhos do tempo de vocês para lerem um pouquinho da minha história.


Nasci em Dezembro de 1998 e fui muito muito esperada pelos meus pais. Sempre fui muito amada e bem cuidada.
Desde pequena, papai falava que seu maior sonho era me ver médica e por coincidência do destino, foi a profissão que mais me identifiquei depois de entrar no ensino médio em 2014 e participar de muitas feiras das profissões e testes vocacionais. Foi quando no final de 2017, após 1 ano de cursinho, eu fui aprovada em 2 faculdades particulares para a tão sonhada Medicina.


O meu pai tinha uma loja de produtos agrícolas no Jardim Guanabara, em Goiânia. E sempre trabalhou duro para que não faltasse nada para seus filhos (somos 4, sendo que 1 faleceu). Além de que, sua loja era uma de suas maiores paixões, amava o que fazia e não se importava em trabalhar depois das 18h ou aos sábados e domingos. E assim, fez minha matrícula para que começássemos nosso maior sonho.


Contudo, a parte triste da minha história, começa em Dezembro de 2018, meus pais se separaram. Em Janeiro de 2019, papai ficou doente e precisou ser internado por 10 dias para tomar antibiótico com o diagnóstico de Diverticulite.

Os médicos disseram que seu intestino estava frágil e por isso, precisaria esperar 40 dias para fazer a colonoscopia e os demais exames de imagem.


Após os 40 dias, infelizmente, os exames apontaram um Tumor de Cólon e Reto em Estágio 4. Seria necessário cirurgia para retirada de uma parte do intestino e muitas sessões de quimioterapia, além do risco de ter que ficar de bolsa de colostomia o resto da vida.


Nesse intervalo de tempo, ele já havia emagrecido mais de 10 kg e, mesmo assim, não parava de trabalhar para continuar mantendo meus estudos. Dizia que era seu maior sonho e não podíamos parar, ele queria que tudo acontecesse a tempo para ele ver eu me formar.


Os médicos, então, marcaram a cirurgia para o dia 17 de Abril de 2019. Tiraram mais de 60 cm do intestino do meu pai e ele passou por 12 sessões de quimioterapia, longas e torturantes.


Como eu não podia estar presente durante a semana, para acompanhar meus estudos, minha avó, meus tios e minha irmã cuidavam dele durante a semana e eu aos fins de semana.


Após as 12 sessões de quimioterapia, em outubro de 2019, repetiram todos os exames e aí vem a notícia boa, pelo menos por alguns meses, não havia sinal de doença, meu pai estava bem e podia seguir sem a quimioterapia agora. Como de costume pela oncologia, iam manter só o acompanhamento, de 2 em 2 meses. Assim, em dezembro, papai repetiu novamente todos os exames, que não mostraram recidiva.

Foi quando ele aproveitou para viajar e curtir férias na cidade dos meus avós, fechou a loja por 15 dias (ele nunca havia feito isso), mas queria viver diferente agora.

Nos víamos todos os finais de semana, já havíamos programado inúmeras viagens e ele aproveitava como nunca. Viajou para passar o carnaval com meus avós e na volta, repetiria novamente todos os exames para acompanhamento. Foi quando nosso pesadelo voltou.”

Instagram: @amandaanogueeira

Entre no grupo de Whatsapp e receba notícias das informações mais relevantes do dia na nossa região. Clique Aqui!

Deixe um comentário