Motoboy é denunciado, em Brasília, por vazar vídeos de sexo e fotos de ao menos 10 mulheres

Um motoboy de Brasília (DF) foi denunciado por um grupo formado por 10 mulheres por divulgar vídeos de sexo e fotos das vítimas.

A denúncia foi formalizada após as vítimas reunirem provas que mostra que o suspeito filmou e fotografou cenas de sexo com elas e enviou em grupos de WhatsApp.

Conforme as informações divulgadas, umas das vítimas descobriu que um dos vídeos circulava na internet e que foi alertada após receber mensagens em seu perfil no Instagram.

A vítima afirmou que o suspeito de compartilhar as imagens é um motoboy, de 36 anos, e que o mesmo fazia isso sem o consentimento das vítimas. De acordo com ela, o rapaz divulgou várias imagens em diversos grupos do aplicativo de mensagens.

Nos grupos foram feitos prints por um integrante do mesmo, onde o suspeito se exaltava pelas noites de sexo.

Em entrevista ao Metrópoles uma das vítimas disse que conheceu o motoboy por um app de relacionamentos, e que saiu algumas vezes com ele. A vítima afirmou que ele tirou algumas fotos delas, mas que pensou que ele iria guardar as fotos e não divulgar em grupos e que ela teve um vídeo gravado sem o seu consentimento.

“Lábia aguçada”

A mulher que teve imagens do encontro sexual vazadas contou que o suspeito tem “lábia aguçada”.

Ela descobriu o rastro de vítimas deixadas pelo motoboy após entrar em um grupo em que o homem fazia a exposição das imagens. “Ele mesmo me falou que publicava fotos e vídeos porque outros integrantes do grupo pediam. Contou que tinha esse costume para se autoafirmar”, afirmou a vítima.

Trocando informações, as mulheres que tiveram fotos e vídeos íntimos compartilhados pelo motoboy se concentraram em um grupo de WhatsApp.

Todas viveram experiências semelhantes com o suposto Don Juan. Eram convidadas para sair à noite, frequentar bares, restaurantes e até viajar. “Ele sempre gostou muito de registrar esses momentos com fotos e vídeos, mas nunca mencionou que fazia isso para contar vantagem expondo as pessoas como se fossem troféus”, disse uma das vítimas.

O motoboy, segundo as vítimas, gosta de aparentar vida sofisticada. “É uma forma de ele conseguir, com mais facilidade, seduzir as mulheres que cruzam seu caminho. Agora, com os vídeos e fotos que foram divulgados, as vítimas podem procurar a polícia para formalizar a denúncia”, ressaltou uma das mulheres.

O outro lado
Antes do caos envolvendo vazamento dos nudes, o motoboy já havia respondido a processos penais e até sido preso. Ele foi sentenciado após cometer crime de violência doméstica, detido em dezembro de 2020 e solto em março deste ano, após ser obrigado a usar tornozeleira eletrônica por 90 dias. Também já se envolveu em um caso de homicídio culposo no trânsito, em 2006, e em uma ocorrência de injúria.

Procurado pela reportagem, o motoboy se defendeu alegando que, no caso das 10 mulheres que se reuniram para juntar provas contra o vazamento de fotos e vídeos íntimos, nenhuma delas foi alvo de exposição. “Confesso sim, que já publiquei fotos e vídeos de mulheres, mas são casos antigos, que não envolvem nenhuma dessas mulheres que estão me denunciando”, garantiu.

O motoboy também confirmou que tinha necessidade de autoafirmação e, por isso, fazia as postagens de momentos entre quatro paredes com mulheres que ele conquistava.

“Depois de cometer esses erros, me arrependi e pedi desculpas no grupo. Mesmo assim, algumas pessoas se juntaram para denegrir e minha imagem e me prejudicar. Posso garantir que, recentemente, não divulguei nem compartilhei fotos e vídeos íntimos de nenhuma dessas mulheres que estão querendo me prejudicar”, finalizou.

Com informações do Metrópoles

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