Nossa Gente: Já idoso, ao 90 anos, Antônio Barros é um monstro da música brasileira

Você já ouviu falar em Antônio Barros?


Bem, se você não for um leitor ferrenho ou um conhecedor da música nordestina, principalmente o “forró pé serra”, provavelmente jamais ouvir falar deste homem.


Mas Antônio Barros é um dos monstros da música brasileira, em especial do forró pé de serra ou forró clássico. 

Basta apenas ler alguns dos refrões de suas músicas que você logo já vai imaginando de quem estamos falando e do gigantismo de seu nome.  

“Nunca vi rastro de cobra, nem couro de lobisomem
se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
por que eu sou é home,por que eu sou é home
menina eu sou é home,menina eu sou é home
e como sou!!!”


Ou 

Bate, bate, bate, coração
Dentro desse velho peito
Você já está acostumado
A ser maltratado, a não ter direitos
Bate, bate, bate, coração.


E também 

“É proibido cochilar, é proibido cochilar… 
O forró daqui é melhor que o teu….”



Antônio Barros já está com 90 anos, mas com uma saúde de ferro e uma lucidez incrível.

Nasceu em 11 de março de 1930 na pequena cidade de Queimadas na Paraíba, na época distrito de Campina Grande. 


Filho de Severino Barros da Silva e Luiza Rodrigues da Silva, estudou no Grupo Escolar José Tavares e a maior parte de sua infância foi vivenciada na zona rural. 

Quando sobrava tempo para brincar, costumava pegar uma lata vazia de 20 litros, colocava a cabeça dentro, batia do lado de fora com as duas mãos, fazendo ritmo, enquanto cantava para ouvir sua própria voz com efeito reverberado.

Aos dezenove anos de idade foi trabalhar como músico tocando pandeiro na rádio Caturité em Campina Grande-PB. 


Aos vinte anos, mais ou menos, foi para Recife-PE e na rádio Tamandaré deu continuidade ao seu trabalho como músico pandeirista. 

Foi nessa mesma época que escreveu sua primeira música e conheceu Jackson do Pandeiro, de quem se tornou um grande amigo, apoiando-o na vida profissional.

A partir daí começou a gravar suas primeiras canções profissionalmente com Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda e Zito Borborema. 


Logo depois foi para o Rio de Janeiro e desenvolveu ainda mais seu ambiente no meio musical, onde passou a gravar também com Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino e tantos outros.

Com a esposa Mary Maciel Ribeiro, a “Cecéu”, formou a dupla Antônio Barros e Cecéu.


Ouças a discografia de Antônio Barros 

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