Segundo a Anvisa, Coquetel para tratamento da Covid reduz internações e mortes em 70%
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) espera que o coquetel contra a Covid-19 aprovado por unanimidade nesta terça-feira (20) para uso emergencial no Brasil possa reduzir significativamente o índice de internações e mortes, segundo afirma o gerente-geral de medicamentos da agência, Gustavo Mendes, em entrevista ao canal de TV fechada CNN.
O coquetel é composto por dois remédios, casirivimabe e imdevimabe. O composto com a substância já é utilizado nos Estados Unidos e foi apresentado pela farmacêutica Roche pediu autorização para uso emergencial no Brasil.
“A gente chama de anticorpo monoclonal ou produzido em célula, diferente do produzido por uma vacina ou vírus. A ideia deste medicamento é inserir esses anticorpos, que impedem o vírus de entrar na célula e se propagar, em pacientes no início da doença, até 10 dias do início dos sintomas, tendo uma redução de 70% nas hospitalizações e das mortes”, afirma.
Ainda na entrevista à bancada da CNN, Mendes diz que este não é o único possível remédio em análise pela Anvisa. “A gente aprovou mais de 80 pesquisas regulatórias desde o começo da pandemia, temos esperança que à medida que esses estudos mostrem resultados interessantes, tenhamos novas aprovações”.
O gerente da Anvisa Gustavo Mendes admitiu que “a questão do preço do acesso é um desafio a ser superado”, sendo o custo do coquetel um possível impedimento para o uso amplo do medicamento no Brasil.
Sem citar valores, Mendes falou do custo. “O preço não é regulado pela Anvisa, a câmara de Medicamentos é que define. A questão do preço do acesso é um desafio a ser superado”.
“É mais uma alternativa para o enfrentamento da Covid-19, diferente do Remdesivir, pois é administrado em dose única no começo do diagnóstico. Hoje sabemos que o risco é baixo, sem efeitos adversos relatados, mas a empresa terá de concluir os estudos para submeter o registro”.
Ele falou ainda sobre a avaliação da vacina Sputnik V. “Tem uma inspeção que começou lá (na Rússia) semana passada. Temos um prazo para que os dados sejam apresentados, é preciso que os dados estejam aqui e tudo seja esclarecido para que tomemos uma decisão. A nossa função é técnica, considera a urgência, mas precisamos do mínimo de certezas para a aplicação de vacina em larga escala”.
Com informações da CNN