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Ontem, 25 de março, autoridades do Distrito Federal deram um abraço simbólico ao prédio do Supremo Tribunal Federal, ato de manifestação de repúdio da “sociedade” brasiliense à intervenção neste ente da Federação.

O ato foi conduzido e encabeçado pela seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que reuniu aproximadamente 60 pessoas e culminou com a entrega de um manifesto ao ministro Cezar Peluso, que assume a presidência do STF em menos de um mês, em substituição a Gilmar Mendes.

A carta é assinada por 57 entidades, entre partidos políticos, representantes de classes e sindicatos que temem por uma decisão do Supremo em favor da suspensão da autonomia política do Distrito Federal.

Entretanto, analisando além da notícia, o que se vê é um grupo de pessoas preocupado com as conseqüências pessoais da intervenção.

Em que pese o respeito e admiração que sem tem aos dirigentes da OAB-DF, eles foram muito infelizes ao propor esse “abraço da vergonha”.

Os parlamentares distritais e outras autoridades locais, inclusive o Procurador-Geral do DF que é investigado por ter recebido dinheiro do mensalão, tiveram tempo de sobra para moralizar essa agora defendida “Autonomia”.

Marcante mesmo foi a quantidade de pessoas que compareceu ao tal do abraço, cerca de sessenta.

Agora, a pergunta que se faz é aonde estavam essas autoridades, quando do reinado de Arruda e Paulo Octávio?

Tem muita gente por aí dizendo que esse foi o abraço dos afogados e clamam por intervenção ampla e irrestrita, para varrer de uma vez por toda a máquina de corrupção e de apadrinhamentos que se instalou, há anos, no governo da capital federal.

É quase unanimidade que só o interventor, nomeado pelo Presidente da República e de fora do grande esquema, poderá moralizar a cinquentenária Brasília.

Por Dinomar Miranda

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