Violência : assassinato do prefeito de Alto Paraíso muda a agenda de Perillo

Candidato tucano ao governo goiano pensa alterar compromissos por conta da violência

O presidente em exercício do PSDB de Goiás, Daniel Goulart, considera que a campanha eleitoral no estado ficou tensa em função dos resultados obtidos pelo tucano Marconi Perillo nas pesquisas de intenção de voto.

“Nunca vivenciamos uma eleição com esse nível, cheia de chantagens e ameaças.

Está sendo um processo acirrado porque, apesar de não termos prefeituras importantes no estado, estamos avançando”, defendeu Goulart.

Ele se refere ao fato de Perillo liderar as pesquisas.

Segundo o Ibope, ele tem 45% das intenções de voto, contra 34% de Iris Rezende (PMDB).

Segundo Goulart, a agenda do candidato tucano ao governo de Goiás deverá sofrer alterações.

“Teremos que repensar a campanha na região nordeste do estado, pois o Divaldo estava presente em todos os eventos.

Estamos chocados com esse extremismo todo”, disse Goulart.

O prefeito assassinado Divaldo Wiliam Rinco (PSDB) era quem cuidava do plano de governo para a região. “Isso é um péssimo indício.

E, pelo que fui informado, a morte teve motivação política. É uma pena porque estamos fazendo uma campanha de alto nível, propositiva, pregando a paz.

Esse brutal assassinato nos deixa perplexos”, afirmou Marconi Perillo ao Correio.

A família de Divaldo também pediu tranquilidade. Não quer vingança. “A gente espera que a Justiça seja feita, se não pela mão dos homens, pelas mãos de Deus.

Vamos manter a calma para continuar vivendo, apesar da grande falta que sentimos”, disse Marcus Rinco, 48 anos, irmão da vítima. “Uma parte do grupo do candidato adversário não aceitou a derrota.

Acredito que a morte de Divaldo é resultado disso, encabeçado por pessoas que não conseguiram perder”, afirmou o vereador de Alto Paraíso João Ribeiro Marinho (PSDB).


Fantasia

O presidente do PP em Goiás, Sérgio Caiado, afirmou que a acusação antecipada contra Ary da Abadia Garcês era absurda. “Atribuir um fato criminoso a alguém dessa forma é calúnia e a pessoa pode responder a processo.

Precisamos aguardar a solução, ainda mais em época de eleição. Uma acusação dessa é fantasia.

Temos que saber o que é verdade ou não. Vamos aguardar para não jogar ninguém na fogueira”, defende Caiado.

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