Promotor de São Domingos se recusa a sentar-se à mesa com a Agetop e classifica estrada como “asfalto sonrisal”
- On:
- 0 comentário
Promotor Douglas, de barbas, foi duro com a Agetop |
O promotor da cidade de São Domingos, nordeste de Goiás, Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury, se recusou a sentar-se à mesa com os representantes da Agência Goiana de Transporte e Obras ( Agetop).
Ele cedeu seu lugar a uma vereadora de Divinópolis-GO, que foi visto como mais um recado duro aos gestores da Agetop. Um gesto de insatisfação com a maneira como o órgão tem tratado a comunidade regional.
O Promotor Douglas Chegury fez parte da tropa de choque do Ministério Público de Goiás, que reuniu centenas de autoridades de oito municípios para cobrar a imediata intervenção do governo nas condições precárias das rodovias estaduais.
Em suas palavras, Chegury chegou a classificar o capeamento das rodovias de “asfalto sonrisal”, uma referência à mistura de piche e areia, segundo ele, irresponsável, que as empresa contratadas pelo governo usam para fazer a manutenção nas ações “tapa buraco”.
“Nos queremos um solução prática, mesmo que seja arrancar todo aquele asfalto sonrisal e deixar em terra batida”, afirmou.
Além de Douglas Chegury, outros promotores estiverem presentes no encontro: os coordenadores do Centro de Apoio Operacional da Educação e do Patrimônio Público, Simone Disconsi e Umberto Machado, respectivamente, e o promotor de Alto Paraíso e Cavalcante, Julimar Alexandro da Silva.
Também marcaram presença prefeitos e vereadores dos municípios de São Domingos, Divinópolis, Monte Alegre, Cavalcante, Terezina de Goiás, Campos Belos, Alto Paraíso e São João da Aliança.
Corredor da miséria
O Promotor Douglas Chegury também fez um discurso mais político.
Ele afirmou que o momento era histórico para região do nordeste goiano, pois seria como um grito de independência, uma alforria de uma região que tem sido explorada durante muitos anos pelos poderes públicos do estado.
“Nós, promotores, quando chegados à região encontramos um eco muito grande dos poderes públicos. Chegou a hora de abandonamos a retórica, as palavras, o papel e partir para a prática, passar para o mundo real”, desabafou, arrancando aplausos efusivos.