Enquanto presidente da AGETOP negociava com Cachoeira, a GO 118 matava dezenas
Depois de apresentar dois atestados médicos para não depor na CPI do Cachoeira, o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, suspeito de envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmou neste domingo (15) ao G1 que irá comparecer ao depoimento marcado para o dia 22 de agosto no Congresso.
O integrante do governo de Goiás falará aos parlamentares após ser flagrado em escutas telefônicas da Polícia Federal (PF) conversando com o suspeito de comandar jogos ilegais no estado, preso durante a Operação Monte Carlo.
Ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), em 2010, Rincón disse que, desta vez, comparecerá à CPI e, inclusive, abrirá mão de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir um habeas corpus para ficar em silêncio. “Vou com a disposição de falar”, assegurou o presidente da Agetop. ( Veja a matéria completa no G1)
Promotor de São Domingos não quis sentar à mesa com Rincon
Tinha razão o promotor de São Domingos de Goiás, Douglas Roberto de Magalhães Chegury, quando se recusou a sentar-se à mesa com os representantes da Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop).
A mesa era presidida pelo presidente da Agetop Jayme Rincon. Os promotores estavam pressionando os gestores da agência a resolveram a situação das rodovias do nordeste goiano.
Só a GO-118 já teria matado mais de 20 pessoas entre outubro de 2011 e fevereiro de 2012.
Os membros do Ministério Público queriam a decretação de estado de emergência ou calamidade pública.
Em abril, a revista Época diz que Jayme Rincon recebeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal, para resolver “algumas questões”.
Leia o que está publicado na revista sobre as ligações do bicheiro com o governo de Goiás e em especial com a Agetop:
“Cachoeira também foi recebido por Jayme Rincón, presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), uma espécie de secretaria responsável pelas obras em Goiás.
Rincón foi um dos principais arrecadadores de dinheiro para a campanha eleitoral do governador Marconi Perillo (PSDB) em 2010.
Ele é citado no inquérito da PF como alguém que conversou sobre a venda de uma casa com o ex-vereador tucano Wladmir Garcez.
Segundo a Polícia Federal, Garcez é um dos principais assessores de Cachoeira. De acordo com Rincón, Cachoeira foi à Agetop acompanhado de Garcez e de um empresário do Tocantins.
Segundo a PF, Garcez servia de intermediário nas conversas entre Cachoeira e Perillo e ajudou o governador a vender uma casa num condomínio nobre de Goiânia. Cachoeira morava nessa casa quando foi preso pela PF.
Rincón disse a ÉPOCA que conhece Garcez, mas que jamais tratou sobre negociação de qualquer casa com ele.
Diante das crescentes denúncias envolvendo personagens da política de Goiás, Cachoeira começou a provocar baixas no governo goiano. Na terça-feira, Eliane Pinheiro, chefe de gabinete do governador Perillo, pediu para ser exonerada.
Dias antes, a revista época revelou que Eliane fora flagrada pela polícia em conversas com Cachoeira. Ela soube por Cachoeira que a PF iria à casa do prefeito de Águas Lindas, Geraldo Messias (PP), e o avisou. Diante do alerta, Messias fugiu”.
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