Náutico é censurado no Recife. CBF ainda não se pronunciou



O meu filho de treze anos é torcedor fanático do Náutico. Sempre que posso, assisto aos jogos com ele, inclusive para “aperreá-lo”. 



Mas ontem, sábado, um episódio foi mais marcante do que o jogo em si, em que o time dos Aflitos bateu o Atlético Goianiense, por dois a zero. 


Ontem vi mais uma vez o fantasma do autoritarismo e da censura mostrar sua face novamente. 


O árbitro da partida não quis inciar o jogo enquanto não fosse retirada uma enorme faixa negra exibida pela torcida alvirrubra.  


E o que tinha de tão ofensivo nessa faixa, que foi capaz de adiar o jogo por quase 15 minutos?


Apenas uma frase: “Não irão nos derrubar no apito“.  


A reclamação foi uma das formas que os torcedores do Náutico encontraram para chamar a atenção para os repetidos erros de arbitragem que vem prejudicando o time de Recife nos seguidos jogos do campeonato brasileiro.  


O time, que é considerado pequeno por algumas figuras do mundo futebolístico,  foi prejudicado contra o Vasco (gol legal anulado), contra o Internacional (também teve um gol legal anulado e um pênalti não marcado ) e contra o Cruzeiro (novamente um pênalti não marcado).


O árbitro da partida, Leandro Vuaden, chamou a polícia para retirar a faixa e ficou embirrado no campo até que ela fosse recolhida. 


Mas pera aí, é proibido estender faixa na arquibancada? 


Ainda mais uma faixa que não usa qualquer termo ofensivo, de baixo calão ou que denigra a honra ou a imagem de alguém, principalmente do juiz?


De onde esse árbitro tirou tanta autoridade? 


Iria passar batido, se o episódio não fosse, mais uma vez, a mais aberta censura.


E pior, está virando moda. 




Outro dia, noticiamos o caso de uma professora de Anápolis (GO) que escreveu no facebook algumas frases contra oito vereadores da cidade. 


Nada de ofensivo. Era uma  situação que ela achava que estava acontecendo e expressou suas ideias. Mas o juiz-eleitoral da cidade censurou a professora e mandou tirar o post do ar. Obviamente, foi aquela repercussão. 


Vez por outra noticio também a ditadura do judiciário, que proíbe blogs, jornais, rádios e canais de TV de “falar” sobre algum assunto. 


Esta notícia é desta semana e foi publicada no jornal Estadão(SP), veja: 


Após o juiz eleitoral Adão Gomes de Carvalho revogar a censura imposta por ele próprio ao blog de João Bosco Rabello, diretor da sucursal de Brasília do Grupo Estado, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lamentou a decisão anterior da Justiça do Amapá de ordenar a retirada de um texto da publicação.”


Amigos, a nossa Constituição Federal é clara sobre a censura: 


Artigo 5º, inciso IX – “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. 


Artigo 220: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”


parágrafo segundo do 220  – “É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.


Está virando moda e começa a nos prejudicar…. 


Estão prejudicando jornalistas, blogueiros, pessoas comuns, professor, a torcida de um time de futebol e inclusive escritores famosos, como Monteiro Lobato, com suas obras históricas. 



A coisa está ficando séria e chegou a hora de darmos maior atenção a este assunto.



Até agora a CBF ainda não se pronunciou quanto ao desvario do Sr. Leandro Vuaden. 



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