Ferrovia que passará por Campos Belos, Arraias, Combinado até Taguatinga ainda não tem dinheiro do PAC


A Ferrovia Norte/Sul terá algumas de suas obras remanescentes no Estado do Tocantins, como alguns pátios, por exemplo, concluídas até o fim deste ano. 
A informação foi repassada ao deputado federal, Ângelo Agnolin (PDT-TO), na tarde desta última quarta-feira (20/03), pelo diretor de Planejamento da Valec, Jair Galvão. 
Segundo ele, nas próximas semanas as obras dos projetos remanescentes serão retomadas e a ferrovia passará a funcionar até Anápolis (GO).
A má notícia, entretanto, diz respeito à Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol). 
Segundo o diretor de Planejamento da Valec, Jair Galvão, o trecho que liga as cidades de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO), de 505 quilômetros, ainda está na fase de desenvolvimento de projetos e não possui recursos assegurados pelo PAC.
A ideia tanto do deputado federal, Ângelo Agnolin, quanto da Valec é que esse trecho fosse interligado à Ferrovia Norte/Sul. 
“Com isso, nós teríamos uma importante integração nacional entre as ferrovias do País, o que, certamente reduziria os custos de produção e aumentaria sobremaneira a competitividade da produção brasileira no cenário internacional”, comentou o deputado.
De acordo com o deputado, a partir de agora, sua bandeira será mostrar a todos os agentes envolvidos nos setores de logística, infraestrutura e transporte do Governo Federal, que esse trecho (Barreiras-BA a Figueirópolis-TO) é uma prioridade estratégica, sob o ponto de vista econômico.
Para tanto, duas audiências já foram solicitadas: uma será com o Ministro dos Transportes e, a outra, com a Empresa Brasileira de Logística. 
“Nós precisamos mostrar que não é só o Tocantins que ganha com esse trecho da Fiol, mas todo o país que poderá escoar sua produção, especialmente grãos e minérios por uma malha férrea, com mais agilidade e menor custo”, declarou o parlamentar.
Emendas
Dentro deste assunto vale ressaltar que o deputado federal, Ângelo Agnolin, possui uma emenda que inclui o trecho “Barreiras-BA a Figueirópolis-TO”, como parte específica da Fiol, na Medida Provisória nº 606, que autoriza a concessão de subvenção econômica ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em projetos de infraestrutura logística direcionados a obras de rodovias e ferrovias, objeto de concessão pelo Governo Federal.



O que é a Ferrovia de Integração Oeste-Leste?
Trata-se de uma ferrovia a ser construída pelo governo federal ligando Ilhéus (BA) a Figueiropólis, no estado do Tocantins, cortando toda a Bahia no sentido Leste-Oeste. 
A ferrovia vai percorrer, ao todo, 1.500 quilômetros, tendo como zona de influência 49 municípios baianos num trecho de 1.100 quilômetros. 
A nova linha férrea interligará o Porto Sul, a ser construído na Ponta de Tulha (ao norte de Ilhéus) ao Brasil Central, podendo, futuramente, interligar-se com uma rede que chegará ao Oceano Pacífico, promovendo uma maior integração da América do Sul. 
A Fiol foi idealizada na década de 50.  A estimativa é de R$ 6 bilhões (valor global).
Trecho no Tocantins é de 400 km
Municípios: Alvorada, Arraias, Aurora do Tocantins, Combinado, Conceição do Tocantins, Figueirópolis, Gurupi, Lavandeira, Novo Alegre, Paraná, Peixe, Ponte Alta do Bom Jesus, Sucupira, Taguatinga e Taipas do Tocantins, além de Campos Belos (GO).
Tipos de carga
A Fiol facilitará o escoamento de grãos, minérios e biocombustíveis produzidos no oeste, sudoeste e sul da Bahia, além de se consolidar como uma alternativa ao escoamento da produção agroindustrial do Centro-Oeste brasileiro. 
Quanto à importação, a ferrovia transportará fertilizantes, derivados de petróleo do litoral para o oeste baiano e outros insumos. A capacidade de movimentação inicial é de 40 milhões de toneladas por ano.
Custo de transporte
O custo médio no transporte das mercadorias é 30% menor que o transporte rodoviário, com a vantagem de ser mais regular, seguro e até mais rápido, uma vez que requer uma logística de transbordo moderna e eficiente, com benefícios para os produtores, para a indústria, o comércio e os consumidores em geral. 
(Assessoria de Imprensa da Valec)

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