Paralisação; um ato de direito e luta

Por Flaubert Souza, 


Quero iniciar este breve comentário citando um pensamento de Karl Marx, “não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.”


Em busca desta consciência, os servidores administrativos de Campos Belos apoiados pelo Sindicato dos Servidores Municipais (SINDIBELO), propuseram nesta segunda (20), uma paralisação pacífica com o objetivo de pressionar o poder executivo no que tange a elaboração do Plano de Carreira e o Piso Salarial.


 Os Planos de Carreira estão no centro dos debates sobre a vida profissional do trabalhador, o que em si traz a necessidade das entidades representativas dos trabalhadores abrirem espaço para sua negociação.


São importantes instrumentos gerenciais para as questões relacionadas à remuneração e carreira profissional dentro de uma organização.


Por outro lado um estudo feito pelo Ministério da Educação a respeito do Piso Salarial procura estabelecer as Diretrizes para os Planos de Carreira e Remuneração para o Magistério dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a importância da valorização profissional se dá na articulação de três elementos constitutivos: carreira, jornada e piso.


Esta luta árdua trás consigo elementos estereotipados como; subjugar o movimento como barganha política, autopromoção pessoal e principalmente tem se ouvido pelo senso comum ou por pessoas mal intencionadas que o movimento não passa de um simples processo eleitoral que passa o Sindicato. 


Pensar assim é negar toda uma trajetória política de luta e conquista de uma classe que ao menos luta pelos seus direito.


Assim, pensar o Plano de Carreira o Piso salarial e a luta política como simples  elementos estereotipados e subjugados a politicagem ao meu ver é no mínimo uma tentativa de desconstruir o papel do ser social como agente transformador.


Mais do que comum pensar que todos estes elementos propostos pela paralisação pacífica dos servidores municipais pudessem gerar inquietações, embates, conflitos… Pois nossa história é uma história de luta de classes.


Portanto devemos pensar este ato de direito, a paralisação, como uma possível conquista dos servidores públicos, apoiado por um movimento sindical responsável, sério e acima de tudo comprometido com a causa de luta.

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