Comitiva de Campos Belos vai a Goiânia. Mas quem paga a conta?
No último dia 6 de junho, o vice-governado de Goiás, José Eliton, que era filiado ao partido Democratas (DEM), mesmo partido do prefeito Ninha, de Campos Belos, oficializou sua entrada ao Partido Progressista (PP), mesmo partido do ex-prefeito campos-belense, Neudivaldo Sardinha (PP).
A mudança de partido não é à toa. Ele está se mexendo para viabilizar sua possível candidatura a governo do estado, em substituição a Marconi Perillo (PSDB).
Obviamente ele é o candidato natural.
No entanto, sua permanência no combalido e sem rumo DEM ficou impraticável depois que o deputado federal, o ruralista Ronaldo Caiado resolveu lançar-se candidato a governador pelo partido.
E não restou outra saída, senão a desfiliação do vice-governador do DEM.
E no dia da festa de filiação ao PP, José Eliton mostrou que tem musculatura eleitoral.
Com ele, outras 500 pessoas passaram a integrar a legenda. O secretário estadual de Infraestrutura Danilo de Freitas é um dos que adotou o PP como casa política.
A festa foi marcada pela presença de mais de 2,5 mil pessoas, entre elas o governador Marconi Perillo, dois senadores, 11 deputados federais, 11 deputados estaduais e mais de cem prefeitos.
O vice-governador chegou ao evento da filiação acompanhado do presidente nacional do PP, o senador piauiense Ciro Nogueira, a senadora do Rio Grande do Sul Ana Amélia e Balestra.
José Eliton mostrou força em Campos Belos
A força de José Eliton também foi vista no nordeste do estado. O prefeito de Campos Belos, que até recentemente era do DEM (não se tem notícia de sua saída) fez questão de ir pessoalmente cumprimentar o vice-governador.
E mais do que isso, levou a tira-colo o seu irmão e braço direito, ex-parlamentar, o médico Jovino Santos, o vice-prefeito da cidade José Cândido (PDT) e uma super comitiva de secretários e correligionários.
Cerca de 30 autoridades de Campos Belos encheram um ônibus da empresa São José do Tocantins e foram até Goiânia acompanhar a filiação do vice-governador ao PP.
Agora parece que não resta dúvida qual o destino político do prefeito de Campos Belos.
Pergunta que não quer calar. Quem pagou a conta?
Contando com o prefeito, motoristas, secretários e correligionários, ao certo o número não se sabe, todos pagaram passagens ou combustível, comeram, dormiram, lancharam.
E essa conta, quem pagou?
A pergunta é salutar porque a Administração Pública não pode arcar com esse custo.
Afinal de contas, partido político é uma instituição privada e os custos de sua manutenção e de eventos como este de Goiânia têm que ser custeados com verbas próprias e não do Governo (municipal ou estadual).
Será que a viagem da comitiva, do prefeito e vice de Campos Belos e de todo o seu secretariado foi paga pelos cofres públicos municipais?
Bem, se não foi, excelente.
Partidos políticos são essenciais para o nosso país, para a nossa democracia e essas mudanças e filiações partidárias, as festas políticas, são altamente salutares e relevantes e servem, inclusive, para darem novas energias às agremiações.
Agora, se as contas foram pagas por conta da prefeitura aí o negócio se complica.
Cabe agora à Câmara de Vereadores, que é o Poder fiscalizador do município, e ao Ministério Público, que é o fiscal da lei, darem um olhadinha e averiguarem com lupa essa questão.
Não custa nada, né verdade!?