Rio Bezerra: autor das denúncias contesta nota oficial da MBAC

Foto: Dimas Justo
Por Jefferson Victor, 

A Mbac pegou uma carona na matéria do Jornal Nacional, para justificar o injustificável.



O Rio Bezerra por ocasião da seca diminui seu fluxo, porém, de acordo com depoimentos gravados de moradores ribeirinhos, nunca houve interrupção total como está acontecendo agora.



A empresa omite dados significativos e que ao meu ver compromete as verdades dos fatos.



Na ocasião da nossa visita à empresa, o diretor para as questões de meio ambiente foi incisivo em afirmar que estavam amparados por lei, que o mínimo exigido no projeto aprovado pela A.N.A (Agencia Nacional de Àgua) estava sendo cumprido.



Eu não percebi por parte daquele senhor , a preocupação com  a população ribeirinha que passa por dificuldades devido ao represamento da água.



Uma realidade bem diferente da inicio das instalações, onde a empresa em suas palestras manifestava preocupação com o meio ambiente, prometia que a população ribeirinha não sofreria nenhuma consequência negativa.



Outro dado que discordo da nota oficial, é o fato de alegarem que a água do Rio Bezerra só é utilizada em período chuvoso, entre outubro e abril, e que durante em outras épocas utilizam apenas água do reservatório.



Gostariam de saber como fazem essa divisão, vez que o rio continua represado e dizem liberar 90 litros por segundo, isso dá 5.400 litros por minuto isto daria 324 mil litros por hora. Se liberam nesta proporção para onde está indo esta água? Por que  300 mts abaixo da represa não aparece esta água?



É inconcebível que 324 mil litros de água desapareça em menos de 300 metros.



Por outro lado gostaria de saber o grande volume do Rio Salobro, afluente do Rio Bezerra, o qual nasce na Fazenda Coité, e que conheço há mais de 15 anos e nunca vi diminuir seu volume, para onde está indo esta água agora no período da seca?



Eu acho que as declarações do diretor da empresa de que liberam apenas 90 litros por segundo, contradiz a nota oficial da empresa. Se não usam no período da seca, deveriam estar liberando então toda vasão original do Rio Bezerra.



Enganação pura, se querem dizer que a água da represa é da chuva, então não teria necessidade de represar o rio, fariam o reservatório em um lugar qualquer.



Como é do conhecimento de todos, esta empresa consegue as coisas com muita facilidade no estado do Tocantins, o governo daquele estado atropela qualquer um que se oponha aos interesses da empresa.



Prova disto foi a desapropriação das propriedades rurais nas imediações da indústria,   proposta pelo Governo daquele estado.



Pequenos proprietários tiveram que ceder suas terras para passagem de rede elétrica, tubulação de água e esgoto sem a justa indenização.



A nota fala de geração de empregos, não podemos obscurecer este fato, porém os interesses da nossa comunidade tem que estar acima dos interesses da indústria.



Vamos pedir uma operação conjunta do MP de Campos Belos e do de Arraias, para que as denúncias sejam apuradas.



No Tocantins os interesses da empresa estão acima dos cidadãos, mas aqui em Goiás haveremos de fazer as coisas seguirem os tramites legais. 

Aquilo que estiver sendo prejudicial à população ribeirinha , certamente será acompanhado de perto e cobraremos dos responsáveis soluções cabíveis.



Esta nota oficial ao meu ver foi pura formalidade, uma satisfação principalmente a nível de imprensa, a qual não tem o conhecimento dos fatos como eles na verdade estão sendo conduzidos.



Vamos produzir novos vídeos com fatos contraditórios ás argumentações da empresa.



Aguardem.

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