Campanha Conte até 10 nas Escolas lançada nesta terça-feira em Goiás entusiasma parceiros
O tom harmônico do discurso proferido pelos representantes do Ministério Público, Judiciário e Executivo estadual não deixou dúvida quanto à boa receptividade da campanha Conte até 10 nas Escolas, um desdobramento da campanha nacional “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude”, lançada no ano passado.
Durante o evento foi apresentada também a cartilha didática, com conteúdo elaborado em parceria com o MEC, que servirá de suporte para as atividades educativas em sala de aula.
“Fazemos questão dessa parceria com o Ministério Público e com o Estado”, destacou Carlos Magno, que, na ocasião, representou a presidência do TJ, acrescentando que o programa é uma ação do bem, para mudar padrões comportamentais.
Para o secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto a escola representa boa convivência e não combina com violência, não devendo esta prática fazer parte da vida do aluno.
Ele reconhece, entretanto, que o sistema como um todo sofre influência da sociedade, daí a importância desse movimento para combater problemas que têm sido frequentes como o bullying e as drogas.
Para ele, quando a violência entra no ambiente escolar, além de gerar um desconforto imediato, tem um alto potencial de multiplicação.
Por fim sugere buscar a participação da família para esse enfrentamento.
O chefe do MP, que atuou no Tribunal do Júri por mais de uma década, foi categórico: “a violência por impulso acaba com a vida do que vai e também daquele que fica”.
Notícias sobre violência ocupam os meios de comunicação, destacando os altos e crescentes índices, principalmente de violência por causas fúteis vivenciadas pelos brasileiros nos últimos anos, em especial entre jovens sem histórico de violência.
Conte até 10 nas Escolas
A explicação do projeto Conte até 10 nas Escolas ficou por conta da coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação, Simone Disconsi de Sá.
Ela explicou, por exemplo, que a iniciativa é nacional e parte dos Ministérios Públicos que aderem à proposta, juntamente com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp) – uma parceria entre o CNMP, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Justiça.
Essa segunda fase pretende sensibilizar jovens e adolescentes para o alto número de mortes decorrentes de conflitos banais e que poderiam ser resolvidos sem o recurso da violência.
Assim, serão propostas situações de ensino-aprendizagem amparadas nos seguintes pilares defendidos pela Unesco: aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver.
Como metodologia, é sugerida a educomunicação, que usa de recursos tecnológicos para obtenção de resultados. Essa instrumentalização servirá de material complementar aos temas do ensino médio, será capaz de promover a reflexão sobre a violência, em especial a juvenil e de estimular o debate e o conhecimento sobre as consequências sociais e penais de um crime de homicídio.
Para Simone Disconsi, o projeto visa ainda fomentar atitudes de pais, fornecer materiais para o debate e desenvolver a capacidade crítica dos estudantes do ensino médio.
Estruturado em quatro grandes temas – a vida e morte; direitos e deveres dos adolescentes; violência nas escolas e bullyng e enfrentamento da violência nas escolas, o projeto, depois de implementado com a cooperação de promotores, delegados, juízes e outros profissionais deve ser ampliado para as atividades que possam demonstrar o nível de conhecimento dos alunos sobre os temas, e, por fim, passar por uma fase de avaliação.
A ideia é distribuir todo o material da campanha (cartilhas, cartazes, etc.) ainda este ano, para que os professores possam personalizar, de acordo com suas necessidades, a sua aplicação, já a partir do início do próximo ano letivo.
Perigos na Net
Durante o evento, foi distribuído também amostra de material relativa à terceira fase da campanha Criança não é Brinquedo, que tem como objetivo o combate à prostituição infantil.
Durante o evento, foi distribuído também amostra de material relativa à terceira fase da campanha Criança não é Brinquedo, que tem como objetivo o combate à prostituição infantil.
Conforme adiantou a coordenadora do Centro Operacional da Infância e Juventude, Karina D’Abruzzo, essa etapa da campanha terá como foco os cuidados com o acesso à internet, a ser lançada em meados de novembro, com o lançamento de jogo interativo e outras peças publicitárias sobre o tema.
(Cristiani Honório – Fotos: Nayara Pereira / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)