Lucas Fagnner: um ensaio fotográfico e uma ação afirmativa


Negritude (Négritude em francês) foi o nome dado a uma corrente literária que agregou escritores negros francófonos e também uma ideologia de valorização da cultura negra em países africanos ou com populações afro-descendentes expressivas que foram vítimas da opressão colonialista.

E foi com esse ideal, de negritude, que o estudante Lucas Fagnner Cavalcante Oliveira, 28 anos, filho de “Jô Cabeleireira” e “Luquinha”, família tradicional de Campos Belos, arriscou este ensaio fotográfico. 

E arriscou bem, pois as fotos ficaram fantásticas. 

E convenhamos, tem um viés de ação afirmativa. Para os desavisados, ações afirmativas são medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas pelo estado, espontânea ou compulsoriamente. 

O objetivo das ações afirmativas é eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros. 

Portanto, as ações afirmativas visam combater os efeitos acumulados em virtude das discriminações ocorridas no passado.

Aluno de Química da Universidade de Brasília (UNB), Lucas Fagnner diz que tudo surgiu em uma manifestação de sua identidade. “A UnB foi fundamental para eu entender que se você não é branco, você é negro. 

E então resolvi assumir as minhas raízes, que são negras. Um ato quase de rebeldia frente ao moralismo da sociedade.

Certo dia estive em um ponto de ônibus próximo ao Conjunto Nacional Shopping e lá estava uma fotógrafa. 

Em um diálogo, surgiu o convite para as primeiras fotos profissionais e bateu um nervosismo tremendo já que nunca tinha posado para fotografia profissionalmente.

Enfim, deu muito certo e eu adorei os ensaios que fiz até hoje.”

Para o estudante, que tem orgulho de sua origem negra, a Universidade de Brasília representa um divisor de águas em sua vida. “A UnB é enorme e um espaço maravilhoso para a construção do conhecimento.

Foi lá que me tornei mais politizado e que fui entender, junto com membros do movimento estudantil e amigos, a real necessidade das lutas por direitos. 

O contato foi inevitável pra mim, sempre estive preocupado com o direito das minorias, com os gastos do dinheiro público, com o meio ambiente”, discursa o conterrâneo. 

Abaixo, confira as belas fotos de  Lucas Fagnner Cavalcante Oliveira, 28 anos, campos-belense, estudante de Química da UnB. 

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