Mundial 2014 e eleições presidenciais: uma mistura que não deu certo



Por Jefferson Victor,

A realização da copa do mundo e eleições presidenciais no Brasil vem provando  ultimamente  que esta mistura não deu certo.

Quando a Fifa anunciou o Brasil como o escolhido para presidir o mundial 2014, foi uma euforia em todo país. Pesquisas de opinião apontavam mais de 70% de aprovação do evento.

Este fato preocupou os partidos de oposição, pois sabem que o sucesso da copa reverte em benefícios políticos à  atual presidente.

A primeira providencia dos opositores foi divulgar em toda mídia que não aceitariam dinheiro público nas reformas dos estádios e na infraestrutura necessária à sua realização.Com isso, houve um grande atraso na definição de recursos, e consequentemente  atraso significativo no inicio das obras.

Aeroportos, estradas, hotéis estão com obras atrasadas e em muitos casos não ficarão concluídas antes do mundial. Nem o aeroporto de Brasília, um dos mais importantes do país ficará pronto em tempo hábil. A Arena Corinthians, palco da abertura, está sendo improvisada com arquibancadas provisórias, numa demonstração clara que as coisas não estão evoluindo a contento.

Apesar da mídia ter dado pouco ênfase ao episódio, a participação de partidos de oposição em vandalismos que se espalharam pelo país e que, inclusive, culminaram com a morte do repórter da Bandeirantes, é uma prova concreta de que querem desestabilizar o governo central, com o intuito  de tirarem proveito político.

É inadmissível o vandalismo que se estendeu na Copa das Confederações, onde centenas de ônibus foram queimados, patrimônios públicos e privados depredados se estenda por tanto tempo, inclusive com previsão de que serão intensificados durante a realização da Copa.

Hoje, dia 15 de abril, ao passar pelo Terminal Bandeiras em Goiânia, pude presenciar cerca de 30 pessoas, com uma faixa improvisada tumultuarem o trânsito nas imediações.

Gritando palavras de ordem, adentraram ao terminal, onde centenas de trabalhadores e estudantes esperavam pelo transporte e batendo em latas impediram que os  ônibus se posicionassem para recolher os passageiros.

E o interessante nisto tudo é que havia no local quatro viaturas da Polícia Militar. Havia número suficiente de policiais para desobstruir as pistas, mas nada fizeram, acompanharam à distância, já que havia uma equipe da TV Record fazendo cobertura. E isto certamente dá combustível para os vândalos, inclusive mascarados, se sentirem uns verdadeiros artistas.

Pude notar que estudantes, passageiros, motoristas e funcionários do terminal não apoiavam o movimento, pelo contrário, questionavam o porquê  dos policiais não agirem, já que eram tão poucos manifestantes.

Estou preocupado com o que vem por ai, já que o serviço de inteligência da policia já descobriu até mesmo facções criminosas se preparando para agirem no período da copa. O propósito do mundial é realmente divulgar o país para mundo, prova disto é que cidades  sem nenhuma tradição no futebol, como Cuiabá e Manaus foram agraciados para sediarem  jogos da copa.

O que se desenha para o período é um festival de vandalismo.  O Brasil pode ser marcado lá fora não pelo futebol, mas sim pela desordem que se instalará em diversas localidades. Turistas do mundo inteiro ficarão sobre fogo cruzado, muitos serão feridos ou mesmo perderão a vida nesta batalha política que se trava na atualidade em nosso país

Acredito que uma ação bem coordenada pelo governo pode amenizar o problema, porém uma situação de total normalidade e segurança no  evento não será  possível, e este fato é preocupante.

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