Série de reportagens: Aurora do Tocantins abriga o menor rio do mundo, o Azuis, além de possuir um grande acervo turístico ainda inexplorado

Por Jefferson Victor,


Elevada à condição de município em 1963, Aurora do Tocantins é um pequeno município que faz fronteira com a Bahia, margeado pela Serra Geral, e possui um grande acervo turístico, sendo a maioria deles conhecidos apenas por moradores da região.


O principal e mais badalado ponto turístico é o Rio Azuis, uma nascente de água cristalina com volume significativo, que corre por cerca de 150 metros, onde desemboca no Rio Sobrado, e com isso consta do Guines Book como o menor rio do mundo.


O Azuis é hoje o local preferido por moradores da região e por alguns viajantes que trafegam pela rodovia que liga o município a Taguatinga- (TO), e que têm conhecimento desse paraíso que é por muitos considerado uma das principais maravilhas do Tocantins.


Certa vez um gringo, conhecedor da geologia de grande parte do mundo, ficou tão encantado com o Azuis, que proferiu o seguinte comentário:


 “é umas das paisagens mais encantadoras que já conheci, uma formosura dessa não deveria ser adentrada, o turista teria que pagar US$ 15,00 só para conhecer.”


Aurora possui vários outros rios, com nascentes procedentes da Serra Geral, águas despoluídas e suas margens abrigam pequenos agricultores que vivem de agricultura de subsistência, pequenas criações e muitos dependem de algumas políticas públicas para sobrevivência.


O município abriga ainda grandes cachoeiras, cavernas, veredas, areais encantadores, balneários e estâncias, mas o número de turista é muito pequeno e representa muito pouco para a economia local.


Há um grande índice de desemprego na cidade, o comércio ainda é muito modesto, e parte da população migra para outros centros em busca de oportunidades de emprego e principalmente estudo.


Muitos estudantes universitários, diante da ausência de um ensino de graduação no município, deslocam-se para Campos Belos (GO) e Arraias (TO), e chegam a viajar cerca de 180 quilômetros cinco vezes por semana, isso por um período de quatro anos tempo necessário para a conclusão do curso.


A Administração Pública oferece poucos postos de trabalho e não houve até os dias atuais nenhum empreendimento público ou privado que pudesse mudar esse cenário.


As vias de acesso são asfaltadas, porém não há políticas de conservação e atualmente as estradas estão esburacadas, apesar das pressões exercidas pelos moradores da região, para que haja ao menos um tapa buraco, e que possa viabilizar viagens com maior segurança.


É preciso que o governo do Tocantins tenha os olhos voltados para o município, que incentive o turismo na região, e que tenha políticas preservacionistas, o Rio Azuis, por exemplo, está com suas margens desmatadas, há sinais de assoreamento e isso pode comprometer o futuro do rio.


A arrecadação do município é irrisória e qualquer projeto desenvolvimentista será bem-vindo, é preciso que os governantes reconheçam as necessidades básicas da população, e que invistam recursos na região, e que não lembrem da cidade apenas em períodos eleitorais, ocasião em que despejam um caminhão de promessas infundadas.


Foto: Mael 


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