Campos Belos: Secretaria Municipal de Saúde intensifica combate a Leishmaniose Canina



Por Jefferson Victor,


A leishmaniose é uma doença transmitida pelo mosquito palha, é predominante na zona urbana, em cães, porém pode ser transmitida a humanos se forem picados pelo vetor que estiver contaminado.


As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.


O diagnóstico da doença é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, e podem ser solicitados à Secretaria Municipal de Saúde, a qual encaminha uma equipe ao local para coletar sangue do animal, é preenchida uma ficha e em quatro dias sai o resultado.


Segundo o médico veterinário, David Alves Lima, servidor da secretaria, nos últimos doze meses foram coletados sangue de 110 animais com suspeita da doença , 42 casos foram confirmados, um índice considerado alto pelas Autoridades Sanitárias.


Os setores Cruzeiro (08) e Aeroporto (04), são os setores com maior incidência da doença, seguidos da Zona Rural com (07) casos detectados.


A ONG da Dinha, que recolhe animais abandonados, tem sido de suma importância no combate à leishmaniose, todo animal com suspeita da doença são examinados pela equipe de veterinários, e com isto 09 animais com resultados positivos foram retirados de circulação, evitando-se a proliferação da doença.


Sintomas


São muito variáveis. O cão pode apresentar emagrecimento, perda de pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, crescimento exagerado das unhas, úlcera nos olhos e anemia. Também há sintomas nos órgãos internos, como o crescimento do fígado e outras alterações.


Alguns destes sintomas são comuns a outras doenças bem menos graves e bem mais comuns como a sarna e a erlichiose (doença do carrapato). Por isso, um cão que está magro e sem pelo, ou que perde peso e fica fraco, não está necessariamente com Leishmaniose.


O diagnóstico preciso só pode ser feito por médico veterinário, que combina exames de sangue e clínicos para chegar a uma conclusão. Muitos animais têm sido abandonados só porque aparentam estar doentes e isso, além de cruel, é péssimo para o controle da doença.


Ao contrário de outros vetores, o mosquito palha reproduz em material orgânico, as próprias fezes do cão serve de criadouro, portanto é essencial que haja limpeza diária deste material, e que seja colocado em sacos plásticos para descarte nos aterros sanitários, evitando-se assim a proliferação do mosquito.


A leishmaniose canina não tem cura, todo animal contaminado deverá ser sacrificado com o processo de eutanásia, independentemente da vontade do proprietário.


É uma doença não contagiosa, porém há risco de contaminação em humanos, em Campos Belos já foi diagnosticado um caso em uma criança. O tratamento é muito dispendioso, requer longo período de tratamento, e pode até mesmo levar à morte.


Maiores informações sobre o tema podem ser adquiridas junto aos Agentes de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, ou mesmo nos sites da internet onde há farto material sobre o assunto.

Deixe um comentário