Justiça determina nova reintegração de posse em área invadida na Chapada dos Veadeiros
A Justiça de Goiás decidiu, pela segunda uma vez, pela reintegração de posse de uma área invadida nos arredores de Alto Paraíso de Goiás, cidade que dá acesso ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a 228 quilômetros de Brasília.
A decisão atende um recurso da Pouso Alto Imóveis, empresa da família Szervinsk, que questionou a suspensão da medida cautelar da reintegração de posse autorizada pela comarca do município.
O total da área família Szervinsk é de 11 hectares — 110 mil metros quadrados — , já a mulher que apresentou a manifestação ocupa um espaço de aproximadamente 1.802 metros quadrados.
Na decisão proferida nesta quarta-feira (18/8), a Justiça de Goiás determinou que a mulher continue no terreno onde vive enquanto o mérito da ação não é analisado e garantiu a posse do restante de toda área para a família.
Além disso, a decisão esclarece que a mulher deve ocupar apenas a área adquirida e autoriza os proprietários a realizarem interferências de qualquer natureza para impedir novas construções.
Denúncia de loteamento irregular
A ação judicial que começou a tramitar, após a morte do proprietário Salomão Herculano Szervinsk, em janeiro deste ano, questiona a ocupação de uma área nos arredores de Alto Paraíso.
A família teria descoberto que a área estava sendo invadida quando percebeu que a cerca original de aroeira estava sendo substituída por estacas de eucalipto.
O outro lado
A defesa de Mauri e Nilton informou que vai recorrer hoje da decisão do Tribunal de Justiça de Goiás. Segundo a advogada Maria Helena Brandão os dois são proprietários da área reivindicada por Leandro e o loteamento não é irregular.
Em nota, a defesa afirmou que Mauri e Salomão — pai de Leandro — tinham negócios juntos e eram parceiros na construção de empreendimentos imobiliários na cidade. “Entre eles os loteamento Campo Florido e Aquarius, que fazem parte de uma única área”.
A defesa diz que o loteamento alvo da ação judicial possui documentação protocolada na prefeitura e matrícula junto ao cartório.
Fonte: Correio Braziliense