Encontro visa fortalecer comunidades quilombolas em Campos Belos (GO)



A Universidade Estadual de Goiás (UEG) em parceria com o Câmpus Arraias da Universidade Federal do Tocantins (UFT), o Instituto Federal Goiano (IF Goiano), e comunidades do território Quilombola Kalunga, promovem até esta quarta-feira, dia 21, o 1º Encontro Interinstitucional de Educação e Cultura Kalunga, no Câmpus Campos Belos. 


O evento teve início na segunda-feira.


O objetivo é promover o fortalecimento da cultura e identidade das comunidades Quilombolas Kalunga da região, além de discutir as políticas públicas voltadas para atender o grupo. Segundo a líder no território Kalunga, Maria Helena Serafim, um dos pontos que merecem destaque é a organização dialogada do encontro.


“Nós consideramos a UEG Campos Belos a nossa casa. E estamos felizes em estarmos em uma Universidade que se encontra em nosso território. E de estar aqui discutindo a nossa realidade. O que torna esse evento ainda mais significativo é que ele foi construído coletivamente por todos os envolvidos na organização. O povo Kalunga foi ouvido nesse processo e isso é muito importante”, afirmou.


Empoderamento


Em sua fala inicial o diretor do Câmpus UEG Campos Belos, Adelino Machado, fez questão de frisar a importância do evento para a cultura e para o empoderamento local. “Sejam todas e todos bem-vindos ao nosso quilombo. Um quilombo em que as pessoas não vêm para se esconderem, mas para serem vistas e ouvidas”, felicitou.


Os representantes das Instituições parceiras também fizerem questão de frisar a importância da iniciativa. 


Um dos pontos mais destacados nas falas foi a importância de que o encontro está aberto a escutar a comunidade e seus anseios e a partir daí propor alternativas conjuntas para o fortalecimento das comunidades.


Para o reitor da UEG, Haroldo Reimer, o evento é o espaço propício para o diálogo e a construção de novos saberes e conhecimentos. “Esse diálogo entre o mundo acadêmico e os saberes tradicionais é necessário para a construção do conhecimento. 


É na interação entre os sujeitos, cada um colaborando a partir de suas próprias experiências, que poderemos, de fato, construir conhecimento que empodere as pessoas”, analisou.


Maria Helena resumiu a importância do momento. 


“O povo quilombola constrói com alegria, planta com alegria e colhe com alegria. Nós estamos nos sentidos abraçados e acolhidos. E principalmente, nós estamos satisfeitos em termos sido ouvidos em todos os momentos. Obrigada!”, afirmou.


Em sua programação há espaços para apresentação de trabalhos, mostra de vídeos, rodas de conversas, apresentações culturais e feira de artesanato.


Fonte: Mais Goiás 

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