Rodovia da discórdia: falta da BR-010 vai “matar” Monte Alegre (GO), Campos Belos (GO) e Arraias (TO)

A BR-010 começa em Brasília (DF) e vai até Belém (PA) passando por Goiás, Tocantins, Maranhão e vários municípios do Pará. 


A rodovia foi idealizada no governo de Juscelino Kubitschek, mas nunca concluída.

O trecho ao qual o edital se refere, conforme o Dnit, são os segmentos km 0 ao km 93,8, no Tocantins, e aos km 272,7 ao km 305, em Goiás. 


Entre Brasília (DF) e Palmas (TO) a BR-010 é complementada pelas rodovias GO-118 e TO-050, porque ainda não existe a rodovia federal. 

Há outros trechos sem abertura e/ou sem pavimentação, segundo o órgão.

A BR-010 é uma rodovia planejada na época da construção de Brasília, dentro do Plano Nacional de Viação, mas nunca foi implantada em sua totalidade. 


Fizeram a BR-153, que passou a se chamar Belém-Brasília.

Mas um desvio novo traçado feito pelo Dinit, cortando terra kalungas, logo após a ponte sobre o Rio Paranã, na GO-118, não irá beneficiar nem Cavalcante, nem Monte Alegre de Goiás e nem Campos Belos. 


A BR-010 sai da GO-118 e vai até a ponte do Rio Paranã, entre Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás, ou seja, em tese não atende a nenhum município.

O novo desenho da BR-10, em avançada licitação, após cortar parte do território calunga em Monte Alegre de Goiás, Depois continua pela TO-50 entre Arraias e Paranã, ambas no Tocantins.


Comentário deste Blogueiro

Há anos temos falado desse desastre para Campos Belos, Monte Alegre e Arraias. Mas os ouvidos estão moucos. Poucos querem nos ouvir. 

Não é ser contra a BR-010, pelo contrário. Sua implementação deve cada vez mais trazer desenvolvimento para as cidades e distritos por onde ela passar.

Por isso tenho repetido, quase como um pedido de socorro: o desvio de 120 km, logo após a ponte sobre o rio Paranã, vai matar Monte Alegre, Campos Belos e Arraias.

Todo o trânsito que hoje, entre Palmas e Brasília, que ocorre pela GO-118, vai ser canalizado pelo desvio.

Vai ser um prejuízo sem precedentes para essas três cidades, que fizeram parte do chamado corredor da miséria e avançaram muito após a criação de Palmas. 

Os primeiros a sentirem o efeito da diminuição do movimento e, possivelmente, a configurarem dentro da quebradeira geral estarão os postos de combustíveis, oficinas mecânicas, casas de auto peças, acessórios, hotéis, restaurantes, pousadas e tudo que depende desses setores. 

Por tabela, todo o comércio dessas cidades será seriamente afetado, com sérios riscos para os demais ramos da economia.  

Com menos dinheiro na praça, outros ramos comerciais fecharão e outros deixarão de abrir; menos emprego, menos qualidade de vida, mais pobreza. 

É um raciocínio simplista, mas serve como um amplo alerta.

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