Estudantes da UFT vão mapear o Patrimônio Cultural nas Serras Gerais e promover desfile de moda da cultura Kalunga





O colegiado do Curso de Turismo Patrimonial e Socioambiental do Câmpus de Arraias/Universidade Federal do Tocantins vai promover ações do Projeto de Extensão, mapeando o Patrimônio Cultural nas Serras Gerais.


O evento está programado para ocorrer no próximo dia dia 10 de abril, em parceria com a Superintendência do IPHAN em Tocantins e faz parte das ações da agenda dos 80 anos do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN).


Na programação, uma  roda de Conversa sobre o Turismo e o Patrimônio Cultural e paisagístico do Tocantins; palestrante com Cejane Pacini, técnica da Superintendência do IPHAN em Tocantins e um desfile de moda da Coleção Tuya Kalunga, de Maria Helena Serafim, da Comunidade Tinguizal, Kalunga de Monte Alegre de Goiás. 


A Primeira Coleção da Marca Tuya Kalunga representa o reconhecimento da moda quilombola que reflete a memória e a cultura dos Kalunga de Monte Alegre de Goiás,  organizado pela mulheres da Comunidade Tinguizal, por meio da Associação das Mulheres Quilombolas Kalunga de Monte Alegre de Goiás. 


“Num passado recente as mulheres da comunidade plantavam algodão, fiavam e teciam suas próprias roupas.  


O ofício de fazer a própria  roupa Kalunga está associado ao desenvolvimento das comunidades, e também é uma linguagem que comunica a sua cultura,identidade, a memória, a dança e a arte por meio das saias rodadas, dos bordados e das imagens pintadas no vestuário. 


O projeto de moda afrodescendente resgata e reflete a luta e resistência das populações negras Quilombolas”, afirmou o professor doutor Bruno Veiga, Professor do IFGoiano e colaborador do projeto que apoia o associativismo e cooperativismo nas comunidades Kalunga de Monte Alegre a partir do lançamento da moda “Tuya Kalunga”. 


Também no dia no dia 10 de abril ocorrerá a apresentação de “Suça”, uma dança típica do povo kalunga.


Serviço: 


Dia do evento: 10 de abril;
Horário: 19h às 22h;
Local: Auditório do Prédio Bala – Unidade Buritizinho do Câmpus Universitário Professor Dr. Sérgio Jacintho Leonor”/Arraias.


Serra Gerais do Tocantins


As Serras Gerais do Tocantins que integram a maior cadeia de serras do Brasil, a região além da natureza deslumbrante o turista conhece a História do Estado.


Em cidades das serras gerais em que a busca do ouro do século XVlll deixou marcas nos costumes, nas festas populares, nas igrejas e nos casarões influenciados pela arquitetura europeia, nas serras gerais a natureza e o patrimônio histórico são preservados.


Localizado entre os municípios de Aurora do Tocantins e Taguatinga, o rio azuis é considerado o menor rio do mundo, são 147 metros de  água cristalina sobre rochas de calcário.


As rochas de calcário contribuem para formação de rios de água cristalina, como a do rio Manoel Alves que são responsáveis pela existência de centenas de cavernas e grutas.


Nas serras gerais em Taguatinga no mês de agosto as cavalhadas relembram o conflito entre cristãos e mouros na idade média, a celebração se repete desde 1937 na cidade e anualmente atrai milhares de pessoas ao município.


É importante no contexto histórico, porque os cristãos vão converter os mouros para o cristianismo, assim também é a vida do cristão que é uma eterna conversão.


Ainda nas serras gerais em Dianópolis uma caverna com inscrições rupestres conta a história dos índios que ocuparam a região há milênios.


Em Natividade, outra cidade das serras gerais, onde o misticismo e a história estão em toda parte, no mês de agosto o município é palco da maior celebração popular do Tocantins, a festa do nosso senhor do Bonfim, frequentada por mais de 60.000 romeiros e turistas todos os anos. 


As tradições dos escravos que extraiam ouro na serra de Natividade permanecem vivas na cultura popular, como nas esculturas de pedra de Dona Romana ou nos passos da súcia.


Nessa mesma época, a tradição portuguesa das filigranas de ouro continua preservada pelos artesãos das várias oficinas existentes.


Em Natividade e Arraias casarões, igrejas e os prédios públicos remanescentes do século VXlll justificaram o tombamento de seus centros históricos.


Com relação ao turismo cultural tem várias festividades que a comunidade preservou e que se comemora há muitos anos, como a festa do divino espirito santo, a da romaria senhor do Bonfim, a da padroeira nossa senhora da Natividade, atrativos como a festa nossa senhora dos remédios.



No setor do artesanato, tem as joias artesanais confeccionadas em ouro e prata com a técnica da filigrana que é produzida em Natividade.

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