Deu no UOL: Canais do YouTube “pirateiam” novelas e até transmissão ao vivo da Globo. Radialista de Campos Belos, Luiz Sérgio, é citado no texto


Por Paulo Pacheco, Do UOL, em São Paulo



Perdeu o capítulo de “Segundo Sol”? Você pode vê-lo na íntegra no Globoplay… ou no YouTube. 


Dezenas de canais “pirateiam” produtos da rede carioca e outras emissoras, de novelas a programas e até transmissões ao vivo. Os vídeos –alguns com mais de 300 mil visualizações– costumam figurar no conteúdo “em alta” da plataforma.

Canais como “Globo SP HD” e “O Juiz TV” transmitem a programação ao vivo de Globo e GloboNews, respectivamente. Outras contas publicam os capítulos das novelas assim que vão ao ar na televisão.

A fuga de Remy (Vladimir Brichta) imposta por Laureta (Adriana Esteves), exibida no dia 23, é o vídeo mais assistido do “Canalha TV”, com mais de 353 mil acessos. 


O perfil “Ligadão no Zoom”, que tem “Segundo Sol” como foto principal, conseguiu 143 mil visualizações em apenas 18 horas com o capítulo de 31 de outubro.

Em comum, os canais reduzem a qualidade e o tamanho do vídeo na tela para “driblar” a proteção de direito autoral do YouTube em acordo com as empresas detentoras dos conteúdos.

Dono de canal nega irregularidade

O UOL encontrou o dono de um dos perfis que publicam conteúdo da Globo no YouTube. 


O radialista Luiz Sergio dos Santos, de Campos Belos (GO), alimenta o canal da sua empresa com edições do “Jornal Nacional” e capítulos das novelas “Espelho da Vida”, “O Tempo Não Para” e “Segundo Sol”. 

Ele nega pirataria e justifica que as produções já foram ao ar na TV aberta.

“Não considero pirataria. É igual a música em uma rádio. Como é livre para todo mundo, em rede aberta, não considero dessa forma. Se fosse um canal fechado, aí seria considerado pirataria. 


Pego conteúdo livre para todos e vou colocando”, explica o radialista, que também presta serviços de filmagem à prefeitura da cidade goiana.

Globo contra pirataria

Procurada pelo UOL, a Globo afirma que toma medidas para combater a pirataria de seus conteúdos no YouTube. 


Para assistir às novelas e outras produções fora da TV, o único meio legal é assinar o serviço de streaming da emissora por R$ 18,90.

“A Globo tem o constante compromisso de defesa dos direitos autorais e usa diversas tecnologias para combater a pirataria de seus conteúdos. 


As medidas são tomadas de acordo com a natureza do conteúdo e das plataformas onde ele é ilegalmente disponibilizado. Todos os vídeos dos programas da Globo estão disponíveis no Globoplay”, informa a rede carioca.

O YouTube esclarece que os detentores de direitos autorais devem decidir qual conteúdo pode ser publicado. 


A Globo tem um canal oficial na plataforma, mas divulga apenas vídeos curtos, como chamadas de novelas. SBT e RedeTV!, por exemplo, faturam postando quase toda a programação no YouTube.

“Todo o conteúdo disponível no YouTube deve estar de acordo com nossas políticas. 


Em relação a uma reivindicação de Content ID e direitos autorais, cabe aos proprietários dos direitos autorais decidirem se outras pessoas podem reutilizar o material original. 

Em muitos casos, os proprietários de direitos autorais permitem que o conteúdo deles seja usado em vídeos do YouTube em troca da veiculação de anúncios nesses vídeos”, afirma o site.

Fonte e texto: Uol

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