Em Campos Belos (GO), vaqueiro que matou ex-mulher com gargalho de garrafa é condenado a quase 20 anos de reclusão





O Tribunal do Júri de Campos Belos, nordeste de Goiás, decidiu nesta segunda-feira (25) e considerou o vaqueiro Irapuã Luciano da Silva culpado pelo crime de homicídio doloso qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.

Ele matou a ex-mulher a golpes de gargalo de garrafa, em setembro de 2014. 


A notícia do assassinato foi publicado neste blog, à época do crime.


Marizete Rodrigues dos Santos deixou duas crianças, uma com 13 e outra com 11 anos.


Na época, o casal estava separado há alguns meses, porém ele não aceitou a separação alegando que “se ela não era dele não seria de mais ninguém”. 

O criminoso estava respondendo ao processo em liberdade, mas diante da condenação e do recente entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que as condenações proferidas pelo Tribunal do Júri devem ser cumpridas imediatamente, o promotor de Campos Belos, Bernardo Monteiro, pediu a imediata prisão e ele saiu do fórum preso, após o juiz deferir o pedido.


O feminicídio ocorreu no Setor Bem Bom. 


Irapuã Luciano, inconformado com a separação, matou a ex-mulher dentro de um bar, no início da noite do domingo, 28 de setembro. 


Segundo as informações divulgadas por testemunhas, na época, o casal bebia dentro de um bar, por volta das 7h da noite, quando, depois de uma breve discussão entre ambos, o algoz quebrou uma garrafa e, com o gargalho, aplicou um golpe no pescoço da vítima. 


Gravemente ferida, a mulher chegou a ser socorrida ao Hospital Regional de Campos Belos (Anjo Galvão), mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o transporte feito pelo SAMU.

O assassino, logo após a covarde agressão, fugiu do local. Uma testemunha contou o drama dos familiares da moça na porta do hospital, durante o socorro feito pelo SAMU.

“Estava lá no hospital com meu irmão – que está internado – e vi quando deram a notícia à família. Muitas pessoas desesperadas, sobrinhos, irmãs. Não conheço a mulher e não me recordo do nome. Foi o maior desespero”.


O vaqueiro foi condenado a 19 anos e 6 meses de reclusão, no regime fechado, onde passou a cumprir a pena imposta pela Justiça Criminal a partir de ontem, 25 de fevereiro. 


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